O grupo Ilê Aiyê abre o Festival, que ao longo de cinco dias também contará com participações de Negra Li, Ricon Sapiência, Cida Bento, o coletivo Prot{Agô}nistas e a estreia de Angu, de Rodrigo França, além das artistas africanas Mayra Andrade (Cabo Verde) e Nduduzo Siba (África do Sul)
Entre os dias 22 e 26 de maio, acontece o Festival Sesc Culturas Negras em 27 unidades da instituição na capital, Grande São Paulo e interior. A ação dedica-se à valorização, ao reconhecimento e à difusão da cultura negra, por meio de mais de 80 atividades como shows, espetáculos, vivências, rodas de conversas, passeios, entre outras.
O Festival Sesc Culturas Negras parte da potencialidade como força motriz, buscando realçar e evidenciar experiências e territórios de existência firmados na ancestralidade negra, no encruzilhamento de possibilidades, cujo tempo e espaço, passado, presente e futuro, se atravessam, dialogam e se afetam.
A curadoria do projeto se inspirou nos ‘quintais‘, espaços de existência e resiliência para a comunidade negra ao longo da história, além de, em muitas comunidades, desempenharam um papel importante na resistência contra a opressão e na luta por direitos civis. Nos quintais, brincadeiras acontecem e com elas se fundamentam e fabulam novos mundos; nos quintais se arriscam os primeiros passos de dança, rodas e letras de samba que imortalizam cotidianos. É nos quintais que se aprende a aprender, valorizando e observando o que as pessoas mais velhas têm a ensinar.As atividades percorrem os quintais do samba, quintais das teatralidades, quintais das afrografias, quintais pedagógicos, quintais das imagens, quintais dos festejos e celebrações, quintais dos ofícios e quintais dos erês.
Marcada pela diversidade de possibilidades de formatos e pela participação de artistas, grupos e coletivos, lideranças comunitárias, mestres e mestras tradicionais e pesquisadores e pesquisadoras da arte e da cultura negra, o festival acontece em um mês significativo para o movimento negro, marcado por datas que nos lembram das lutas, conquistas e contribuições da comunidade afrodiaspórica. Maio é um período de conscientização, mobilização e de celebração, para promover a igualdade racial e o reconhecimento da cultura negra. Nesse contexto, a programação do Sesc São Paulo reforça as celebrações do dia 25, Dia Mundial de África, uma data que simboliza a luta de diversos povos africanos por desenvolvimento, democracia e liberdade.
Destaques da programação
O primeiro bloco afro do Brasil, conhecido como “O Mais Belo dos Belos”, Ilê Aiyê, completa seu cinquentenário e abre o Festival Sesc Culturas Negras no Sesc Pinheiros (22 e 23/5). No Sesc Avenida Paulista, Cida Bento, doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e pioneira nos estudos sobre a branquitude, participa do bate-papo Aquilombamento nas Margens: Cida Bento (23/5). Homens Pretos, Masculinidades e Relações Raciais é tema de um bate-papo no Sesc Ipiranga (23/5) que propõe uma reflexão sobre a dinâmica entre relações raciais e gênero, dando destaque para as masculinidades negras, suas construções e particularidades, sobretudo, no Brasil. A cantora cabo-verdiana Mayra Andrade se apresenta no Sesc Pompeia (22 e 23/5). O Sesc Sorocaba será palco para a artista sul-africana de raízes Zulu, Nduduzu Siba (23/5), que celebra sua ancestralidade convidando músicos africanos para acompanhar seu trabalho, como o percussionista togolês Edoh Amassize.
No dia 25, o Sesc Campo Limpo recebe o grupo Samba do Caboclo Resgate que apresenta um show repleto de ancestralidade de uma cultura em forma de samba de raiz, de roda, de caboclo com participação de Ayô Tupinambá. Para o encerramento desses cinco dias de reflexões, discussões e valorização da produção da cultura afrodiaspórica, a cantora Negra Li apresenta canções do seu repertório que perpassa seus 27 anos de carreira com o show Negra Li Convida Rincon Sapiência (26/5) no Sesc Itaquera.
Programação em São Carlos
show
Helio Ramalho
O artista vem de uma família de músicos, mas só abraçou a carreira quando chegou ao Brasil. Aqui cursou engenharia, no Rio de Janeiro, e chegou a trabalhar profissionalmente por cinco anos em uma construtora. Posteriormente, passou a se dedicar exclusivamente à música, com ênfase em trabalhos cada vez mais autorais. Seu trabalho musical faz conexão entre a ancestralidade africana e a cultura contemporânea brasileira, sendo suas principais influências cabo-verdianas o violinista Mané Pchei, seu avô materno, e o violão tradicional de São Nicolau.
Dia 23/5. Quinta, 20h.
Convivência externa
Grátis
Livre – Autoclassificação
Programação completa disponível em: sescsp.org.br/culturasnegras
Festival Sesc Culturas Negras
De 22 a 26/05/2024
Unidades do Sesc: 14 Bis, 24 de Maio, Avenida Paulista, Belenzinho, Bom Retiro, Campo Limpo, Carmo, Casa Verde, Centro de Pesquisa e Formação, CineSesc, Interlagos, Ipiranga, Itaquera, Pinheiros, Pompeia, Santana, Santo Amaro, Santo André, Bauru, Birigui, Campinas, Catanduva, Jundiaí, Piracicaba, Registro, São Carlos e Sorocaba.
Informações para a imprensa:
Aline Ribenboim – aline.ribenboim@sescsp.org.br
Marina Reis – marina.reis@sescsp.org.br
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