O acidade on Ribeirão realiza nesta semana uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Ribeirão Preto nas eleições 2024. Nesta quarta-feira (25) o entrevistado foi o empresário Marco Aurélio (Novo) – veja o player acima.
Marco Aurélio tem como candidato a vice Antonio Freiria, também do Novo. O partido não conta com coligação.
A ordem dos entrevistados foi definida de acordo com o resultado pesquisa estimulada EPTV/Quaest (SP-07293/2024) divulgada no dia de 18 setembro. Foram convidados os quatro primeiros colocados, que serão sabatinados ao vivo por 12 minutos. O candidato do DC, Matheus Coelho, que entrou na disputa após a pesquisa eleitoral, terá veiculada entrevista de 2 minutos.
Na área da segurança, o senhor quer criar a Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social. Como seria a atuação desta pasta?
- A segurança pública em Ribeirão Preto tem sofrido sérios e graves problemas, mesmo porque, não existe um plano municipal de segurança pública. O que é um erro grave da Prefeitura Municipal, que acabou se esquecendo desse aspecto muito importante para poder oferecer essa percepção de segurança. Os índices demonstram isso, embora a Polícia Militar tenha feito um excelente trabalho de combate ao crime. Mas, esse tipo de estrutura, que são estruturas auxiliares, são necessárias para que a gente consiga fazer uma integração conjunta de estímulos para promover a segurança pública. O principal desafio, que está dentro do nosso plano de governo, Ribeirão Preto precisa ter e, que já está contemplado, é um sistema de segurança integrado com todas as forças de segurança pública: Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Metropolitana, Assistência Social e Defesa Civil. Todas mobilizadas, recebendo as informações através de uma distribuição de 1,2 mil câmeras espalhadas por toda Ribeirão Preto, com um sistema de vigilância inteligente, que reconhece, inclusive, com reconhecimento facial e reconhecimento de placas, dispara alertas instantâneos dentro desse centro para cada uma das forças para que haja um combate imediato para cada tipo de ocorrência. Isso é prevenção. É trabalhar com prevenção para que o crime não aconteça. Isso acontece, por exemplo, na cidade de São José dos Campos, nós fomos visitar, nossa comissão de segurança pública. Nós trouxemos esse estudo aqui para Ribeirão Preto, é totalmente viável e traz para a cidade, além do benefício da segurança, o desenvolvimento econômico, porque as empresas também, elas querem se instalar onde haja o ambiente seguro. E, esse tipo de centro, é prioridade no desenvolvimento do nosso trabalho da segurança pública e tem dado bons resultados. Sorocaba é outro caso. Se você pegar os índices de furto de aparelhos celulares, Sorocaba e São José dos Campos, nós temos algo em torno de 30% menos do que os furtos de aparelhos celulares e de veículos. Então, nós temos, realmente, índices muito positivos e a percepção de segurança. E, ainda refletindo para a população e para os empreendedores o estímulo para poder fazer o investimento dentro da cidade.
O seu plano quer coibir a ação dos flanelinhas. Uma das alternativas é a regulamentação desta atividade. Como seria isso?
- Tudo está relacionado a oferecer uma vida digna para as pessoas. Dentro do GDCAP, que é o grupo de desenvolvimento e capacitação empreendedora para empreendedores de baixa renda, trazer qualificação, capacitação e estímulo para essas pessoas desenvolverem e se regular negócios. Isso é muito importante. Primeiro que ela vai conseguir oferecer um serviço de melhor qualidade, trazer essas pessoas dentro do contexto social. Depois, ajudando a promover e desenvolver a economia, com mais qualidade, com mais visibilidade e levar a cidade para prosperidade. Está tudo interligado, utilizar essas estruturas, por exemplo, de educação, para fomentar, junto com a iniciativa privada, e outras entidades, para poder levar e capacitar esse pequeno empreendedor, um empreendedor de baixa renda, inclusive uma prioridade nossa, para que consiga resgatar, trazer esse indivíduo dentro do contexto social, melhorar a economia, e projetar a cidade. Está tudo relacionado. É claro que isso está bem relacionado com o desenvolvimento das pequenas, médias e grandes empresas, também.
Na educação, o seu plano é valorizar professores pelos resultados obtidos na aprendizagem dos estudantes. Como dar condições para que isso ocorra?
- A gente tem percebido, de um modo geral, na gestão pública um grande distanciamento entre o gestor e as pessoas que estão na linha de frente, que são os servidores públicos. Falando sobre os profissionais de saúde e de educação, que são as duas pastas maiores, o distanciamento ainda é maior. A gente tem percebido que o servidor público, ele leva, literalmente, a gestão pública nas costas. Então, planos de incentivo, reconhecimento, capacitação e qualificação vai fazer com que esse servidor consiga trabalhar melhor, mais livre e prestar serviço de qualidade para você que está nos assistindo. E a gente tem percebido que os níveis de prestação de serviços públicos para população estão totalmente insatisfatórios, com má qualidade e gastando muito. Pegando a pasta, por exemplo, de Educação, são mais de R$ 827 milhões destinados e os índices que nós temos hoje em Ribeirão Preto são alarmantes. Ribeirão Preto, de acordo com o Ideb, ocupa a posição 509, de 645 municípios do Estado de São Paulo. Está lá no final da lista, o que demonstra é que gasta-se muito e gasta-se mal. E esse é um princípio de gestão e é o que a gente quer trazer para gestão pública. O que que é gestão? Gestão é trazer eficácia e eficiência na prestação de serviços. E a gente precisa fazer. A gente faz dentro de casa, também. Quem faz um bom orçamento dentro de casa, você aí que está nos assistindo, ou no seu pequeno negócio, consegue equilibrar os seus negócios e consegue prestar um bom serviço ao seu cliente. No caso da gestão pública municipal, a gente consegue perceber o índice de insatisfação das pessoas que estão sendo atendidas pela Prefeitura de Ribeirão Preto. A gente precisa elevar isso. Colocar, como a gente colocou, por exemplo, na Prefeitura de Joinville, que também é do Partido Novo, [prefeito] empreendedor, nunca foi político, colocou o nome à disposição do Partido Novo, venceu as eleições, estando com 1,8% ali nas pesquisas, aquelas pesquisas que a gente ainda tem dúvida a respeito disso, passou para o segundo turno e ganhou as eleições. Pode colocar lá no Google: ‘melhor gestão pública municipal Joinville’, vocês vão ver aí, 93%. E é isso que nós vamos fazer. Por quê? Os princípios de gestão trazem eficácia e eficiência. E, quem acabou desenvolvendo isso, conseguiu trazer resultados. Joinville foi um e vou falar do nosso governador Romeu Zema, que, inclusive, vem agora sexta-feira (27) para Ribeirão Preto, vem nos fazer uma visita, vem nos apoiar, estamos trabalhando junto para isso, é uma grande referência, um empreendedor também, que está levando o Estado de Minas Gerais a prosperidade e isso é muito bom para todos. Gerar riqueza e desenvolvimento é o que a população espera.
O senhor quer ampliar o número de vagas em escolas e creches, e parcerias com escolas privadas. Como seria isso?
- Primeiro, a gente tem uma demanda contida. São mais de 1,5 mil vagas a serem preenchidas, de mães e responsáveis que não têm onde deixar o seu filho em creches e que precisam ser atendidas. O número ultrapassa 2 mil, de acordo com a informação atualizada. Então, essas mães e responsáveis precisam ser atendidos de forma imediata. Como é que faz isso? A prefeitura tem autonomia para disponibilizar e, deveria, aliás, seria obrigação, na minha visão. O ensino não é obrigação constitucional? De oferecer para essas mães e responsáveis uma posição para que essa criança seja atendida dentro de uma instituição de ensino com a mesma qualidade. Digo mais: mais barato do que fazer, inclusive, dentro da gestão pública. Por quê? A pasta de Educação, quando se faz uma análise do custo unitário dessas crianças que são atendidas, tem um custo muito maior, oferecendo um serviço de qualidade sim, mas do que é uma instituição de ensino privada. Agora, claro que são dois pontos que a gente tem que analisar: Por que é mais caro do que a iniciativa privada? Existe um problema de gestão. Quando gasta-se muito, gasta-se mal, o custo acaba aumentando. E aí, a gente precisa fazer um exercício de mergulhar nos números desta pasta para identificar onde é que estão tendo essas perdas e sanear isso. Deveria ser o contrário. Como a gestão pública compra em lotes maiores, oferece uma quantidade muito maior, ela deveria ter um custo unitário menor do que a iniciativa privada. Então, esse exercício a gente vai fazer, mas resolvendo imediatamente o que precisa ser resolvido. A população quer resolver o problema agora. E está certa. A gente não pode se acostumar com os problemas. O que a gente tem ouvido muito é que as pessoas estão se acostumando. ‘Ah, não tem vaga na creche’, ‘ah, puxa vida, interditou de novo aqui’, ‘ah, é mobilidade, o meu comércio está parado aqui, tanto tempo’, ‘puxa vida, vou ficar lá oito horas na fila, 12 horas na fila para ser atendido no postinho’. Ninguém aguenta mais isso. A gente tem que trazer solução para você aí, para população e isso só é possível de duas maneiras: primeiro, com as mesmas pessoas ocupando o mesmo ambiente, isso não vai mudar. E, os três que estão se apresentando aí, do outro lado, são as mesmas pessoas, colocando as mesmas propostas. O nosso é diferente.
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