A reforma do Edifício Diederichsen foi anunciada em 2017 pela Santa Casa de Ribeirão Preto, proprietária do imóvel no Centro do município, contudo, até o momento as obras não começaram.

Na época, moradores e comerciantes receberam notificações para deixar o imóvel, o que gerou muitas críticas, já que pessoas estavam ali há mais de 40 anos. Contudo, a Santa Casa disse que a reforma era necessária por se tratar de uma obra histórica e tombada como patrimônio público.

O prédio, que foi inaugurado em 1937, foi um marco da engenharia, sendo a primeira construção vertical do interior paulista, com seis andares e 3.750 m².

Na época, o térreo foi projetado para abrigar um cinema e salões comerciais. Já os dois primeiros andares eram compostos de salas para prestação de serviços. O quarto e o quinto andar do edifício era destinado à moradia, enquanto no último funcionava um hotel.

Como está a situação da reforma?

Questionada pelo portal acidade on sobre a atual situação da reforma do Edifício Diederichsen, a Santa Casa de Ribeirão Preto informou que o projeto de restauração do imóvel já foi aprovado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

Entretanto, para começar a obra no patrimônio histórico, é necessária também a autorização do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac) de Ribeirão Preto, o que está pendente, de acordo com a entidade.

Procurada pela reportagem, a diretoria do Conppac informou que desde outubro de 2022, o projeto está em análise por um corpo técnico, no entanto, devido ao tamanho do imóvel, a falta de servidores e a outras análises que surgiram, ainda não foi possível finalizar a avaliação.

Edifício histórico

O Edifício Diederichsen foi projetado e aprovado para construção em 1934. Antonio Terreri e Paschoal de Vincenzo foram os responsáveis pela obra, segundo registro do projeto Arquitetura Italiana, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de São Paulo.

O terreno foi adquirido pelo empresário Antônio Diederichsen por 425 contos de réis – o equivalente aproximadamente R$ 10,6 milhões atualmente.

Antes de construir o imóvel, a esquina das ruas General Osório e Álvares Cabral era residência de uma das figuras históricas mais importantes da formação de Ribeirão Preto: o Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, conhecido como Quinzinho.

O Edifício Diederichsen foi doado para a Santa Casa do município após a morte do empresário, em 1955. O processo de tombamento do local aconteceu em 1998 e, em 2005, tornou-se um bem cultural do Estado de São Paulo.

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