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Após quatro dias da tempestade que atingiu a área de concessão da Enel, 200 mil imóveis na Grande São Paulo continuam sem energia elétrica nesta terça-feira (7).
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A empresa divulgou em comunicado em seu site que 90% dos clientes afetados tiveram o fornecimento de energia restabelecido.
Após a tempestade, cerca de de 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia após as chuvas de sexta-feira (3).
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST-SP) realizou uma manifestação nesta manhã de terça (07) em frente ao prédio da Enel, no bairro do Morumbi.
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Os manifestantes exigiam a restauração do serviço de energia, a responsabilização da concessionária pelos prejuízos causados à população do estado e a implementação de um plano de ação eficaz para as temporadas de chuvas.
O movimento destacou que entre os imóveis afetados estão estabelecimentos comerciais, escolas, hospitais e que, em alguns bairros, ainda há falta de energia. O MTST denunciou o estado precário dos serviços públicos em São Paulo, apontando que a situação tem se agravado devido às privatizações.
“Recebemos inúmeras denúncias de comunidades inteiras sem energia por mais de 50 horas. Inúmeras pessoas perderam o pouco que tinham para comer sem qualquer retorno da empresa pelos canais de comunicação. Exigimos a retomada imediata do serviço de energia, o ressarcimento e a responsabilização pelos danos causados. O que aconteceu em São Paulo nos últimos dias é um alerta sobre os resultados prejudiciais das privatizações dos serviços básicos no Estado de São Paulo. A Enel de hoje pode ser a Sabesp de amanhã“, afirmou Débora Lima, coordenadora nacional do MTST, em nota.
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Prefeito ameaça processar Enel
Ricardo Nunes declarou que tomará medidas legais caso a Enel Distribuição São Paulo não restaure completamente o fornecimento de energia elétrica para toda a população da cidade até o final da tarde de hoje.
Segundo Nunes, a empresa assumiu um compromisso público de restabelecer a energia para os 185 mil clientes que ainda estão sem luz no município até o prazo estipulado.
“Eu vou recorrer à Justiça. O diretor-presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins, fez um compromisso público comigo. Isso tem valor contratual”, afirmo.
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