10 Estratégias Comprovadas pela Ciência para Proteger Sua Saúde Mental no Trabalho

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mulher preocupada com a saúde mental no trabalho

Caia Image/Getty Images

Quatro em cada cinco profissionais afirmam que o trabalho impacta negativamente seu bem-estar emocional

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Se equipamentos de segurança garantem a proteção física dos profissionais, o mesmo não pode ser dito sobre a saúde mental. Quase não há “proteção emocional” para lidar com ambientes de trabalho tóxicos, burnout, medo de demissões, prazos irreais e rotinas exaustivas.

No Brasil, a saúde mental já se tornou o principal problema de saúde dos profissionais, superando até mesmo o câncer, de acordo com o levantamento Ipsos Health Service Report 2025.

De acordo com o relatório Mental Health in the Workplace 2025, da plataforma global de recrutamento e carreira Monster, quatro em cada cinco profissionais americanos afirmam que o trabalho impacta negativamente sua saúde mental, um salto expressivo frente aos 67% registrados em 2024.

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Outros dados do estudo, realizado com mais de 1.100 pessoas, revelam como culturas tóxicas, lideranças pouco acolhedoras e o aumento da carga de trabalho vêm deteriorando o bem-estar emocional no ambiente corporativo:

  • 57% dos profissionais prefeririam pedir demissão a continuar em um ambiente de trabalho tóxico;
  • Entre as principais causas de piora da saúde mental estão cultura de trabalho tóxica (59%), mau gestor (54%) e falta de oportunidades de crescimento (47%);
  • 51% acreditam que seu bem-estar melhoraria se os funcionários tóxicos fossem desligados.

Os profissionais nem sempre podem depender das organizações para oferecer equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Cabe aos próprios funcionários criar estratégias para se proteger em um ambiente tóxico. A chave é criar um planejamento que ajude a “resetar” o cérebro e mantê-lo saudável.

10 dicas para proteger sua saúde mental no trabalho

A seguir, confira 10 dicas cientificamente comprovadas que podem te ajudar a navegar em um ambiente tóxico e reduzir a ansiedade crônica e prevenir o burnout:

1. Medite

A meditação reduz os níveis de cortisol em 25%, segundo pesquisas, além de diminuir a divagação mental, a ansiedade e os erros, ajudando a manter a concentração no trabalho.

2. Escolha bem seus alimentos

Comer bem é também cuidar da mente. Alimentos que ajudam a controlar a ansiedade favorecem a produtividade e o bem-estar no trabalho. Priorize proteínas, ômega-3, ovos, sementes de abóbora, vitaminas do complexo B e vitamina D, chocolate amargo, cúrcuma, camomila, iogurte, chá verde e castanhas-do-pará.

3. Exercite-se

Exercícios regulares, como o método japonês de caminhada acelerada, recalibram um cérebro fatigado e reduzem em quase 60% o risco de desenvolver ansiedade.

4. Faça afirmações positivas

O diálogo interno positivo pode interromper pensamentos catastróficos que geram ansiedade e ajudar a manter a calma em situações estressantes, além de aumentar a autoconfiança.

5. Priorize o sono

A privação de sono aumenta a ansiedade. Por outro lado, dormir bem tem efeito restaurador, acalma a mente e contribui para a saúde e o desempenho no trabalho.

6. Faça pausas

Micropausas de cinco minutos ao longo do expediente reduzem a fadiga, diminuem a ansiedade e mantêm o cérebro descansado e alerta.

7. Use a respiração a seu favor

A respiração abdominal consciente mantém a mente afiada e focada no momento presente quando a ansiedade tenta “roubar o seu ar”.

8. Mantenha uma postura otimista

Uma postura otimista evita que a ansiedade domine a mente e melhora a memória no trabalho. Pesquisas mostram ainda que buscar oportunidades dentro dos problemas acelera e amplia o crescimento na carreira.

9. Passe tempo ao ar livre

Exames cerebrais mostram que pessoas que passam tempo ao ar livre têm mais massa cinzenta no córtex pré-frontal e maior capacidade de pensar com clareza e regular o estresse e a ansiedade.

10. Converse com colegas

A interação social reduz o declínio cognitivo, aumenta a massa cinzenta do cérebro e ajuda a diminuir a ansiedade. Por isso, é importante evitar trabalhar isolado e cultivar conexões sociais com colegas para manter a mente ativa e saudável.

4 estratégias de saúde mental que toda empresa deve adotar

Embora os profissionais tenham responsabilidade sobre sua saúde (dentro e fora do trabalho), as organizações também devem criar uma cultura segura e livre de estresse, que apoie a saúde mental e física dos colaboradores a longo prazo.

A especialista de carreira da Monster, Vicki Salemi, compartilha quatro ações que as empresas podem adotar para reduzir o burnout e promover a saúde mental no ambiente de trabalho.

1. Crie um plano de melhoria de desempenho para funcionários tóxicos

De acordo com o relatório da Monster, 51% dos profissionais acreditam que seu bem-estar melhoraria se chefes ou colegas tóxicos fossem desligados. “Colaboradores tóxicos fazem mal para a organização, o moral da equipe, a produtividade, a cultura e reputação da empresa, além de prejudicar seus gestores e colegas”, diz Salemi.

A executiva sugere que o processo comece com um plano de melhoria de desempenho, discutindo o comportamento e performance do funcionário, junto de metas específicas e um cronograma — por exemplo, um plano de 90 dias com checklist.

2. Preste atenção em comportamentos da liderança

Segundo o estudo, 54% dos profissionais afirmam que um mau gestor é uma das principais causas de piora da saúde mental. “A toxicidade também pode vir da liderança, e as empresas devem lidar com comportamentos tóxicos de gestores em todos os níveis.”

A executiva recomenda que, dependendo da situação, esses profissionais sejam incluídos em um plano de melhoria de desempenho caso permaneçam no cargo para receber treinamento. Se não houver melhora, devem ser desligados.

3. Ofereça oportunidades de crescimento

Para 47% dos profissionais ouvidos pelo estudo, a falta de oportunidades de desenvolvimento é uma das principais causas de piora da saúde mental.

Empresas podem, junto aos funcionários, mapear o rumo desejado para a carreira de cada um, identificando as oportunidades, habilidades e experiências necessárias para chegar lá. “Estabelecer métricas permite que os colaboradores visualizem metas tangíveis a serem alcançadas”, diz. “Além disso, manter informações transparentes em um portal interno — como descrições de cargos e faixas salariais — ajuda a esclarecer dúvidas.”

4. Ampliar benefícios

De acordo com a pesquisa, 63% dos profissionais priorizariam sua saúde mental em vez de ter um cargo “de status importante”. “Quando uma empresa apoia seus colaboradores — permitindo folgas para terapia, oferecendo um banco de férias e políticas específicas para saúde mental — os profissionais se sentem vistos, ouvidos e, principalmente, valorizados”, afirma Salemi. “Algumas políticas podem levar mais tempo para serem aprovadas e exigir investimento financeiro, mas, enquanto avaliam as atuais, as empresas podem começar com pequenas mudanças que não estourem o orçamento.”

A executiva reforça que um ambiente saudável permite que os funcionários se expressem sem medo, tenham acesso ao gestor e à alta liderança e trabalhem em um ambiente que apoie a saúde mental. “Quando as empresas tratam a saúde mental como prioridade para toda a companhia, todos ganham.”

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.





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