A Tecnologia Que Criamos em Campinas Está Indo para o Mundo

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Fabricio Bloisi/Marc Oene

Fabrício Bloisi, cofundador da Movile, é um dos destaques da lista inédita Forbes The Founders 2025

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Baiano de Salvador, morando há um ano com a família em Amsterdã e bronzeado pelo sol da Grécia, onde passou as férias de julho, Fabrício Bloisi, 48 anos, inicia esta conversa fazendo uma declaração de amor à tecnologia. “Desde pequeno sou apaixonado pelo espaço, pela astronomia, por Star Wars, pela Microsoft, por computação. Aos 8 anos, terminei meu primeiro curso de programação; aos 10, ganhei um computador; aos 15 já vendia programas para meus amigos e os amigos dos meus pais”, lembra. 

Com o lema “Se o Bill Gates fez, eu também posso fazer”, estudou ciência da computação na Unicamp. Aos 21, montou a primeira empresa “com duas pessoas, sem dinheiro e sem produto”. “Os primeiros cinco, seis anos foram extremamente difíceis, a gente quase quebrou várias vezes. Precisamos pegar dinheiro em bancos, nem ter garantia nenhuma. Nesse tempo, meu salário era zero.”

“A tecnologia que criamos em Campinas está indo hoje para a Índia, a Europa e a África. Nenhuma outra tecnologia do Brasil é desse tamanho.”
Fabrício Bloisi

O embrião da Movile

Mas aquele embrião da hoje gigante Movile já bebia na fonte da inovação e da visão de futuro: “Começamos fazendo tecnologia para levar internet às empresas, a intranet, uma coisa extremamente inovadora na virada do século”. Outra aposta certeira foi a de que a internet poderia ser embarcada nos celulares. “Fizemos os primeiros produtos de SMS no Brasil: ringtones, bate-papo, namoro, notícias… até votação do Big Brother.”

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A partir de 2008, a empresa finalmente começou a crescer mais rápido. Fabrício aprimorou seus conhecimentos de gestão na Fundação Getulio Vargas, em Stanford e em Harvard. Além disso, afirma ter adquirido o hábito de ler cerca de 20 livros por ano. “Isso me deu ferramentas para planejar o futuro do negócio.” 

Várias empresas foram entrando em seu ecossistema, entre elas a Sympla (hoje a maior vendedora de ingressos pelo celular), o então pequeno iFood e a global Prosus, uma das maiores investidoras em tecnologia do mundo – da qual Bloisi é CEO desde maio de 2024 e por meio da qual passou a ser sócio de várias empresas pelo mundo. Depois de muitas fusões e aquisições – e de banhos de tecnologia nas empresas sob seu guarda-chuva –, a Movile comemorou, em 2022, o fato de o iFood se tornar a startup mais valiosa do Brasil, avaliada então em US$ 5,4 bilhões.

Outras marcas que entraram no portfólio do grupo são PlayKids (de conteúdo educativo), Zoop (plataforma de pagamentos e serviços), Wavy (negócios de tecnologia da informação), MovilePay (de pagamentos) e Mensajeros Urbanos (logística e entregas, sediada na Colômbia). 

Cultura e disciplina

Sobre a receita para um founder de sucesso, Fabrício enumera: “Primeiro, cultura. Tem muita gente na empresa que é tão dona quanto eu, trabalhando muito e pensando no futuro. Depois, disciplina. Um modelo de gestão que dê resultados ao mesmo tempo que a empresa seja tão inovadora quanto uma startup. No iFood, por exemplo, fazemos no Brasil o que os melhores do mundo fazem. Mas é preciso saber que tudo vai mudar – daqui a dois ou três anos, o mundo vai ser completamente diferente. Então sonhe grande, mas ande rápido.”

Com esse pensamento em mente, ele estipulou como meta chegar a ser uma das “cinco ou dez” maiores empresas do mundo. “A tecnologia que criamos em Campinas está indo hoje para a Índia, a Europa e a África. Nenhuma outra tecnologia do Brasil é desse tamanho”, afirma. 

Investimento bilionário

No ano passado, o iFood movimentou R$ 140 bilhões, 26% a mais que em 2023, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). “Isso corresponde a 0,64% do PIB brasileiro”, gaba-se Bloisi. E gerou mais de 1 milhão de empregos.

Mas, atento à movimentação da concorrência, o iFood anunciou, no início ide agosto, o investimento de R$ 17 bilhões até março de 2026 para turbinar ainda mais a operação (em 2024 e 2025 foram aportados R$ 10,3 bilhões e R$ 13,6 bilhões, respectivamente). 

Bloisi está também no comando da Fundação 1Bi, que apoia projetos de educação e negócios sociais com o objetivo de diminuir a desigualdade e criar oportunidades para jovens. 

*Matéria originalmente publicada na lista Forbes The Founders 2025.





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