Um grupo de cinco estudantes da Escola Estadual Mario D’Elia, em Franca, criou um protótipo de teste rápido para identificar bebidas adulteradas. O projeto, denominado de “Acorda, Cinderela”, foi desenvolvido por alunos da 2ª série do Ensino Médio ao longo de três meses, utilizando alcaloides e outros compostos químicos.
A iniciativa surgiu da estudante Kemily Patrícia Lira, que se sensibilizou com as notícias de vítimas de abuso na região envolvendo o golpe “boa noite, Cinderela”. Kemily, que sofre de hipoglicemia, teve a ideia enquanto utilizava um glicosímetro.
Para desenvolver o projeto, Kemily se uniu aos colegas Matheus Carboni, Natália Ferreira, Ana Livia Barbosa e Daniel de Andrade.
O que são alcaloides?
Os alcaloides, originários das plantas, são ricos em nitrogênio e atuam como defesa das plantas contra predadores, além de conferir sabor amargo.
Eles atuam no sistema nervoso central, o que faz sentido para o uso como exemplo de substâncias mais fortes, como medicamentos.
Como funciona o ‘Acorda, Cinderela”?
O grupo criou um kit de reação colorimétrica, composto por fita de absorção e reagente químico, que já consegue identificar a presença de alcaloides em bebidas. A proposta é aprimorar o kit para que ele também detecte substâncias como benzodiazepínicos, não-benzodiazepínicos e inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS).
Para testar a viabilidade do projeto, entre junho e agosto, os estudantes, acompanhados pelos professores Milena e Irineu, realizaram 30 testes, aplicando 2 ml de alcaloides em 200 ml de seis tipos de bebidas, incluindo bebidas alcoólicas. Foram avaliados diferentes tipos de papéis de absorção e as possíveis interferências externas.
Quando será disponibilizado?
Atualmente, o grupo está finalizando um artigo científico com os resultados da fase de testes e trabalhando na solicitação de patente para o projeto. A ideia é que o protótipo seja popularizado, principalmente entre os jovens, e ajude a prevenir abusos, especialmente em períodos como o carnaval.
Orientações e recomendações:
A maneira mais eficaz de evitar o golpe do ‘boa noite, Cinderela’ é manter a atenção o tempo todo. Se você for vítima ou testemunha de um crime como esse, o primeiro passo é procurar atendimento médico. Após isso, com a cópia do prontuário, registre um Boletim de Ocorrência solicitando um exame toxicológico para identificar a substância envolvida. Caso saiba de alguma vítima, ligue imediatamente para o 190. Para denúncias anônimas, entre em contato com o 181.
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