‘GPS’ de nosso cérebro pode ter sido localizado em novo estudo

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Apesar de hoje termos a ajuda de dispositivos tecnológicos para nos localizarmos, nosso cérebro tem capacidade de memorizar locais e nos orientar. 

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Já parou para imaginar como seria se a gente dependesse apenas de dispositivos como a bússola ou o GPS? 

Mas nossas capacidades cognitivas começaram a ser formadas bem antes do surgimento do GPS e foram sendo aprimoradas ao longo do tempo conforme a evolução da humanidade. 

Que temos um certo “sentido” que nos orienta, não é novidade para ninguém. No entanto, cientistas se debruçaram nisso para tentar descobrir como nosso funcionamento neurológico monitora a direção. 

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Um estudo recente apresentou a hipótese de que temos uma espécie de “GPS” no nosso cérebro que nos orienta. Entenda mais detalhes sobre a pesquisa ao longo deste artigo. 

Cientistas acreditam que temos um “GPS” no cérebro

A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade de Birmingham, do Reino Unido, e da Universidade de Ludwig Maximilian de Munique, da Alemanha. 

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Por meio do estudo, foi possível identificar, pela primeira vez, um tipo de “bússola neural”, que estaria localizada no nosso cérebro e seria responsável pela orientação espacial e navegação no ambiente. 

A pesquisa foi publicada em maio deste ano na Revista Nature Human Behavior e traz as primeiras descobertas sobre os sinais de identificação que recebemos no nosso cérebro para nos orientarmos. 

Os resultados observados pelos cientistas são semelhantes aos comandos neurais identificados em roedores. Pássaros e morcegos também são capazes de se localizar mesmo em ambientes escuros graças ao funcionamento de seus cérebros. 

 

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No caso dos humanos, ainda não se sabe mais detalhes sobre como esse mecanismo funciona. Mas o estudo é essencial para os primeiros achados no mundo científico. 

Além disso, a compreensão do funcionamento da nossa atividade cerebral é importante para o avanço do entendimento sobre doenças degenerativas, como o Alzheimer, na qual a capacidade de orientação costuma sofrer prejuízos. 

Como foi realizado o estudo? 

O estudo incluiu 52 participantes saudáveis que foram submetidos a uma série de experimentos que avaliou e monitorou seus movimentos, enquanto a atividade cerebral era registrada por meio de EEG do couro cabeludo. 

Por meio do método, os cientistas conseguiram perceber os sinais cerebrais dos participantes durante o momento em que se movimentavam para se orientarem em diferentes monitores do computador. 

Em um estudo à parte, os pesquisadores também analisaram 10 participantes que estavam submetidos a monitorização de eléctrodos intracranianos para condições como a epilepsia. 

Os indivíduos precisavam realizar tarefas que tinham que mover a cabeça e, em alguns momentos, apenas os olhos. 

Todas essas ações foram registradas e os cientistas conseguiram comprovar que há um sinal direcional bem ajustado, que conseguia ser observado um pouco antes das movimentações físicas dos participantes com a cabeça. 

Um dos autores do artigo, Griffiths destaca que isolar esses sinais do cérebro é de extrema importância para compreender como ele processa as informações de navegação e como esses sinais funcionam com a ajuda de outras referências do nosso corpo, como a visual. 

O pesquisador acredita que o estudo abre novas portas para se explorar esse funcionamento, o que pode ser útil para a investigação de doenças neurodegenerativas, assim como para o próprio avanço das tecnologias de navegação em robótica e da Inteligência Artificial (IA). 

Vale destacar que este é um estudo inicial e os cientistas planejam aplicar esses resultados para compreender como o nosso cérebro se orienta no tempo. 

O objetivo é descobrir se uma atividade neural semelhante à observada pode ser a responsável pela nossa memória. 

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