O Brasil superou a barreira de dois milhões de casos de dengue. Desde o início do ano, já são 2.010.896 e 682 mortes confirmadas pela doença. Outros 1.042 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país, neste momento, é de 990,3 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes – acima de 300 já é epidemia.
O número de casos registrados em menos de três meses de 2024 é o maior da história. Supera em 21,22% os 1.658.816 de todo o ano passado, 352.080 a mais. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgados nesta quinta-feira, 21 de março, pelo do Ministério da Saúde.
Do total de casos, 17.659 são graves ou com sinais de alarme. Na quarta-feira (20), eram 1.978.372 ocorrências no país, 974,3 por grupo de 100 mil habitantes. O país somava 656 mortes em decorrência da doença transmitida pelo Aedes aegypti e 1.025 estavam em investigação.
Entre os casos prováveis, 55,5% são de mulheres e 44,5% de homens. A faixa etária dos 30 aos 39 anos segue respondendo pelo maior número de ocorrências de dengue no país, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.
Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil poderá ter neste ano o dobro de casos de dengue registrados em 2023, que chegou a 1.658.816 casos. A previsão é que o país chegue aos 4,2 milhões de casos em 2024. Algo nunca antes visto nas mais de quatro décadas de combate à dengue em território nacional.
Os principais sintomas relacionados à dengue são febre alta de início repentino, dor atrás dos olhos, mal estar, prostração e dores no corpo. O vírus da dengue pode ser transmitido ao homem principalmente pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas.
O Ministério da Saúde vai redistribuir as doses da vacina contra a dengue enviadas a 521 municípios selecionados pela pasta e que ainda não foram utilizadas. De acordo com Nísia Trindade, terão prioridade nesse processo municípios que decretaram situação de emergência em razão da doença.
Ribeirão Preto já registrou quatro mortes em decorrência da doença em 2024, duas em janeiro (um adulto jovem e uma idosa) e duas em fevereiro (um homem e uma mulher, ambos jovens e com comorbidades), segundo a Secretaria Municipal da Saúde.
Foram nove no ano passado – três em março, duas em abril, duas em maio, uma em junho e uma em dezembro. Em menos de seis anos já são 27 óbitos. Já são 8.262 casos confirmados, além de 17.759 sob investigação. Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.305 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya.
São 4.823 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,46%. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 169.130 casos de dengue. Há 56 ocorrências de febre chikungunya em 2024, cinco importadas. No ano passado, foram 120, sendo 105 autóctones.