Desde o início do ano, o Brasil registrou 1.318.336 casos prováveis de dengue e 343 mortes confirmadas pela doença. Outros 775 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país, neste momento, é de 649,2 casos para cada grupo de 100 mil habitantes – acima de 300 já é epidemia.
Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgados nesta quinta-feira, 7 de março, em Brasília, pelo do Ministério da Saúde. Do total de casos, 10.896 são graves ou com sinais de alarme. Na quarta-feira (6), eram 1.289.897 ocorrências no país, 635,2 por grupo de 100 mil habitantes. O país somava 329 mortes em decorrência da doença transmitida pelo Aedes aegypti e 767 estavam em investigação.
Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil poderá ter neste ano o dobro de casos de dengue registrados em 2023, que chegou a 1.658.816 casos. A previsão é que o país chegue aos 4,2 milhões de casos em 2024. Algo nunca antes visto nas mais de quatro décadas de combate à dengue em território nacional.
Os principais sintomas relacionados à dengue são febre alta de início repentino, dor atrás dos olhos, mal estar, prostração e dores no corpo. O vírus da dengue pode ser transmitido ao homem principalmente pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas.
Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue, desta vez de nível 2. Já são 4.805 ocorrências este ano, além de 12.638 sob investigação. Uma semana atrás eram 3.863. Em sete dias, o Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya – fez mais 942 vítimas, aumento de 24,39%.
Duas mortes já foram confirmadas este ano, de um jovem e uma idosa, ambas em janeiro. Foram nove no ano passado – três em março, duas em abril, duas em maio, uma em junho e uma em dezembro. Em menos de seis anos já são 25 óbitos.
Os dados são do período entre 1º de janeiro e a última terça-feira, 5 de março. São 194 notificações de casos suspeitos por dia. Março já tem 24 pacientes infectados. Fechou fevereiro com 2.325 casos, 135 a menos que os 2.460 de janeiro, queda de 5,49%.
Na comparação com o segundo mês de 2023, quando 888 pessoas pegaram dengue, o aumento chega a 161,82%. São 1.437 a mais. Em relação aos 3.766 do primeiro trimestre do ano passado, já são 1.039 a mais, avanço de 27,59% em apenas 65 dias de 2024.
Setenta por cento dos criadouros estão dentro das casas. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, o índice predial de infestação larvária em janeiro era de 12%. Em cada criadouro havia cerca de 300 larvas, em média. A maioria está em vasos, pneus e ralos.
Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.301 casos de dengue, 4.819 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,40%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 165.669 casos de dengue. Há 21 ocorrências de febre chikungunya em 2024, cinco importadas. No ano passado, foram 115, sendo 101 autóctones.