Gabriel Souza Brito é ouvido na sede da DEIC em Ribeirão Preto e teria admitido ser o autor da morte de Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho
Por: Adalberto Luque
O homem preso por policiais civis de Ribeirão Preto no estado do Rio de Janeiro admitiu ser o autor do latrocínio do executivo brasileiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, que trabalhava e morava em San Diego, Califórnia, EUA. Gabriel foi preso em Nova Iguaçu, baixada Fluminense, Rio de Janeiro, na segunda-feira (15).
Na sexta-feira (19) ele foi trazido do Rio de Janeiro para o Campo de Marte, em São Paulo, de onde seguiria na aeronave Pelicano, da Polícia Civil. Sua chegada estava prevista para as 13h00, mas o voo só saiu da capital às 15h00, retornando meia hora depois por conta do mal tempo em Ribeirão Preto.
Gabriel veio por terra, trazido por agentes da Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DIG/DEIC) e chegou por volta de 00h30 do sábado (21). Foi levado para uma unidade prisional.
Na manhã desta segunda-feira (21), Brito foi levado para prestar depoimento na sede da DEIC. O delegado Targino Donizete Osório, responsável pelas investigações, disse que ele já teria admitido informalmente o crime. O preso pediu perdão à família de Beto Braga assim que chegou a Ribeirão Preto.
De acordo com o delegado, ele tinha passagem anterior por estelionato. A Polícia Civil acredita que os dois se conheceram através de um site de relacionamentos e teriam combinado o encontro.
O caso
Beto Braga veio passar as festas de final de ano com a família, que mora em Ribeirão Preto. Ele chegou no dia 19 de dezembro e, no dia 28, disse que iria sair com amigos. Seu corpo foi encontrado no quarto de um imóvel de locação para curtos períodos, próximo à Avenida do Café, Vila Amélia, zona Oeste de Ribeirão Preto.
O corpo apresentava sinais de ter sido asfixiado com o uso de algum tipo tecido, possivelmente uma camiseta. O celular da vítima sumiu e, antes que o corpo fosse encontrado, um homem ligou para a família de Beto dizendo ter achado o aparelho, pediu a senha para desbloquear e chegou a marcar um encontro com a mãe do executivo para devolvê-lo, mas não compareceu.
O dono do imóvel, que aluga os quartos por meio de aplicativo, disse que a pessoa que alugou para o encontro com Beto já havia alugado diversas vezes antes, sem dar problemas. Depois de investigações e uso de inteligência policial, os agentes conseguiram encontrar Brito no Rio de Janeiro.
Advogado
O depoimento do principal suspeito do latrocínio seria iniciado às 13h00. Somente horas antes do depoimento Brito constituiu o advogado Wagner Simões que, após conversar com o cliente, informou que ele irá assumir sua participação. Disse não ter sido um crime premeditado, nem que a intenção é que chegasse a óbito.
O advogado adiantou que teria havido uso prolongado de drogas no quarto e que poderia haver mais pessoas presentes no local onde ocorreu o crime. Soares deve acompanhar o depoimento de Brito à Polícia Civil. O delegado disse que um laudo confirma que Beto Braga foi morto por estrangulamento. Assim que o depoimento for concluído, esta matéria será atualizada.