A última quinta, dia 4 de janeiro, foi marcada por intensos debates nas redes sociais após o padre Fábio de Melo ser alvo de críticas por seu posicionamento sobre a possível instauração de uma CPI contra o padre Júlio Lancellotti.
Este último é acusado de liderar uma suposta “Máfia da Miséria”, alegações que geraram desconforto na Arquidiocese de São Paulo.
Em meio à tempestade virtual, Fábio de Melo optou pelo antigo Twitter para se pronunciar, gerando ainda mais discussões. Em sua declaração, expressou solidariedade a Júlio Lancellotti e pediu por esclarecimentos rápidos sobre o caso.
“Ao longo dos anos, em campanhas específicas, ajudei e divulguei o seu trabalho social. Neste momento, peço que Deus o fortaleça, que o conduza, e que tudo se esclareça o mais rápido possível”, afirmou o sacerdote.
A Arquidiocese de São Paulo emitiu uma nota de surpresa diante das notícias sobre a possível abertura da CPI, questionando a motivação por trás desse movimento, especialmente no início de um ano eleitoral.
Destacaram, ainda, a importância do trabalho de Júlio Lancellotti na coordenação e articulação dos serviços pastorais para o cuidado das pessoas em situação de rua na cidade.
Entretanto, a ausência de um posicionamento de Fábio de Melo dividiu opiniões. Alguns enxergaram sua fala como um gesto de solidariedade e apoio ao colega religioso, enquanto outros interpretaram seu silêncio inicial como estratégia ou cautela diante das acusações.
O caso traz à tona não apenas a questão da responsabilidade pública das figuras religiosas, mas também a delicada linha entre solidariedade e as complexidades dos contextos judiciais e políticos em que estão inseridas.