Síndrome do fim de ano: entenda o que é e como afeta a vida dos trabalhadores

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O fim de ano pode gerar estresse e ansiedade para quem aguarda 2024: a chamada Síndrome do Fim de Ano, segundo especialistas, é um fenômeno que fica presente neste período e pode acarretar sintomas parecidos com ansiedade, melancolia e depressão. A pressão das metas não cumpridas e crise financeira são alguns dos motivos.

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“É comum que em dezembro as pessoas façam um balanço sobre o ano que está terminando, fazendo com que olhem para dentro e nem todos estão preparados para esta reflexão. Poderá ser ainda mais inquietante para quem começa a se comparar com as vidas perfeitas exibidas nas redes sociais”, explica Rita Martins, psicanalista e mestre em Psicologia.

As festas deste período podem ser particularmente ‘tristes’ para quem não tem mais por perto seus entes queridos, principalmente se o luto for recente. É como se entrassem em uma “depressão sazonal”.

Quais são os sintomas da síndrome de fim de ano?

Segundo especialistas, alguns sintomas são mais comuns neste período, como:

  • preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar);
  • sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;
  • preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;
  • medo extremo de algum objeto ou situação em particular;
  • medo exagerado de ser humilhado publicamente;
  • falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade.

E na empresa?

Este período traz também obrigações sociais: a confraternização da empresa, o amigo oculto, a reunião da família, onde sempre tem um parente que pergunta, cobra ou comenta assuntos que podem gerar gatilhos.

Cerca de 86% das pessoas mudariam de emprego por questões de saúde mental ou satisfação no trabalho. O dado, levantado por meio de uma pesquisa do Infojobs, mostra que há uma busca pelo equilíbrio entre as vidas profissional e pessoal.

Dos respondentes, 61% não se sentem satisfeitos ou felizes no trabalho e para pouco mais da metade, 55%, a questão psicológica é um fator que causa insegurança. Inclusive, 76% já precisaram ou conhecem alguém que precisou se afastar das atividades de trabalho por razões psicológicas. Outra possibilidade, ainda que saia das mãos do próprio trabalhadores, é buscar soluções junto ao próprio ambiente de trabalho.

“Para lidar com a síndrome de fim de ano, algumas medidas podem ser adotadas: maior flexibilidade com prazos,  diálogo aberto e transparente quanto as expectativas e desafios do período, oferecimento de suporte emocional, melhor distribuição da carga de trabalho e incentivo aos momentos de lazer e descanso – esse ponto pode ser incentivado por meio de dias de folga ou vouchers específicos”, sugere Ana Paula Prado, porta-voz do Pandapé e CEO do Infojobs.






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