Dengue avança e passa de 11,2 mil  

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O número de casos confirmados de dengue em Ribeirão Preto, entre 1º de janeiro e 30 de novembro, chegou a 11.262. Está 50,52% acima das 7.482 ocorrências de todo o ano passado. São 3.780 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya – a mais. Ainda há 23.552 casos em investigação.

A cidade ainda pode enfrentar nova epidemia em 2024 com o retorno do sorotipo 3 da doença. Este vírus não circulava no Brasil desde 2006. O risco é maior para quem já foi vítima do Aedes aegypti. A situação pode complicar por causa do período de chuvas, entre novembro e março.

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Com a chuvarada dos últimos meses, mais 201 novos casos foram anunciados no mês – eram 11.061 até 31 de outubro. A média em 2023 é de 34 por dia, um a cada 42 minutos. Já são oito mortes em decorrência da doença em 2023, três em março, duas em abril, duas em maio e uma em junho. No mesmo período do ano passado, a cidade registrou 7.327 casos e uma morte.

Fechou novembro com 99 casos, contra 111 de outubro, doze a menos e queda de 10,81%. Em relação aos 66 do mesmo período do ano passado, a alta chega a 50%. São 33 a mais. Não há nenhum em dezembro, por enquanto. A cidade teve 398 em janeiro, 888 em fevereiro, 2.478 em março, 3.603 em abril, 2.715 em maio, 662 em junho, 136 em julho, 88 em agosto e 84 em setembro.

O número de casos de dengue no ano passado, em Ribeirão Preto, é 20 vezes superior ao total de 2021 inteiro. Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, a cidade contabilizava 7.482 vítimas do mosquito Aedes aegypti, contra 360 de 2021. São 7.122 a mais em 2022 e alta de 1.978%.

De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Ambiental, Maria Lucia Biagini, no último levantamento do índice de larvas do mosquito, feito na primeira quinzena de outubro, foram encontrados focos do Aedes agypti em três a cada 100 casas vistoriadas. Ou seja, em 3% dos imóveis visitados.

A chefe da Divisão de Vigilância Ambiental explica que o número é alto para a época do ano. “O foco não tem apenas uma larva que irá virar um mosquito, ele tem dezenas de larvas que irão se transformar em mosquito adulto e irão prejudicar os moradores das casas e os vizinhos”, explica.

Maria Lucia ressalta que, por isso, a conscientização e colaboração da população é fundamental para o controle da doença. “Pedimos a população que entre nessa briga conosco, vistorie sua casa. Ribeirão Preto possui 276 mil imóveis cadastrados na divisão, portanto, como que o Controle de vetores pode estar nessas casas pelo menos uma vez por semana, é humanamente impossível e todos temos que fazer a nossa parte”, alerta.

Faixa etária – Neste ano, das 11.262 vítimas, 4.043 pessoas têm entre 20 e 39, outras 2.816 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 1.844 estão entre 10 e 19 anos, 1.346 têm mais 60 anos, 864 são crianças de 5 a 9 anos, 299 têm entre 1 e 4 anos e 50 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.728 casos na Zona Leste, 2.733 na Oeste, 1.801 na Norte, 1.684 na Sul e 1.311 na Central, além de cinco  casos sem identificação de distrito.

Chikungunya – Em 14 anos, Ribeirão Preto já registrou 159.825 casos de dengue. Em 2021, teve dois casos de febre chikungunya importados da Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, e Goiânia, capital do Estado de Goiás. Em 2022 foram cinco ocorrências, quatro importados. Neste ano são 54 casos, 13 importados.

Não há casos de zika vírus e febre amarela em 2021, 2022 e neste ano. Em 2019, cidade registrou 79 casos de sarampo. Em 2020, mais quatro, totalizando 83 desde então. Não há ocorrências nos três últimos anos. Oitenta por cento dos focos de dengue estão dentro das casas da cidade. A prefeitura tem realizado vários mutirões para recolher criadouros do vetor, mas a população tem de colaborar.
Casos de dengue em Ribeirão Preto
2009 – 1.700
2010 – 29.637
2011 – 23.384
2012 – 317
2013 – 13.179
2014 – 398
2015 – 4.419
2016 – 35.043
2017 – 248
2018 – 270
2019 – 14.520
2020 – 17.606
2021 – 360
2022 – 7.482
2023 – 11.262
Total desde 2009: 159.825

Eliminação do Aedes aegypti 
• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;
• Descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura;
• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;
• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;
• Tampar ralos;
• Manter o vaso sanitário sempre fechado;
• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;
• Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais. 

 

 



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