Alunas de medicina da USP Ribeirão denunciam professor por transfobia

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Duas estudantes da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) da USP (Universidade de São Paulo) registraram um Boletim de Ocorrência (BO) contra um professor por transfobia.

As duas mulheres, que são as primeiras alunas transexuais do curso, disseram que foram ameaçadas e ofendidas pelo homem, um dia após a universidade implantar o uso livre dos banheiros de acordo com o gênero com o qual a pessoa se identifica.

Em entrevista à EPTV, Louíse Rodrigues e Silva, disse que as agressões aconteceram no refeitório da universidade. De acordo com a mulher, o docente Jyrson Guilherme Klamt teria sido debochado e irônico ao falar sobre a inauguração do banheiro livre.

“Ele perguntou diretamente para mim qual banheiro eu iria utilizar a partir de agora. Nesse momento eu devolvi perguntando para ele qual banheiro ele achava que eu deveria utilizar. Nisso ele não respondeu a minha pergunta e voltou a falar o quão absurdo ele achava pessoas trans poderem usar o banheiro de acordo com o gênero que se identificam e que a faculdade já não era mais a mesma”, contou a estudante.

Mesmo após ter rebatido o docente, Louíse diz que as agressões verbais continuaram, até o momento em que viraram ameaças. “Ele se manifesta dizendo que se a gente usasse o banheiro em que a filha dele estivesse presente, a gente sairia de lá morta”.

Falas problemáticas

Stella Branco é a outra aluna transexual que estava presente no momento do ocorrido. Ela conta que estava ao lado de Louíse e, ao perceber a gravidade da situação, defendeu a amiga.

“Esse professor tem comportamentos bem problemáticos, envolvendo falas que atacam inúmeras minorias ao invés de dar o conteúdo da disciplina dele, que é o que ele é pago para fazer ali, com dinheiro público”, disse Stella.

O BO foi registrado por ameaça e injúria racial – desde agosto deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu que atos contra pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ devem ser enquadrados como crime de injúria racial.

O outro lado

Por telefone, o professor Jyrson Guilherme Klamt disse à EPTV que não teve a intenção de constranger as alunas e que nunca fez nenhuma atitude transfóbica. O médico também afirmou que somente perguntou a uma das estudantes como ela gostaria de ser tratada e que uma teve reação violenta contra ele.

Por meio de nota, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto disse que vai investigar a conduta do professor e tomar as devidas providências.

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