
Divulgação/Microsoft
No dia 1º de janeiro de 2025, Priscyla Laham assumiu oficialmente a presidência da Microsoft no Brasil. A sucessão foi decidida meses antes e anunciada ao mercado no início de dezembro de 2024. “Após quase seis anos liderando a subsidiária brasileira, Tania Cosentino se tornará Gerente Geral especializada em Vendas para o Setor de Segurança da Microsoft América Latina. Priscyla Laham será a nova presidente da Microsoft Brasil”, diz o comunicado publicado à época.
No entanto, o sonho de alcançar o posto mais alto da companhia no país veio muito antes. “Quando saí da Microsoft no fim de 2015 [após 15 anos] e fui para a Meta, disse para mim mesma que, se um dia voltasse, seria com a possibilidade de me tornar presidente.”
A experiência como diretora de vendas na controladora do Facebook durou apenas um ano. Em 2017, Laham retornou à companhia fundada por Bill Gates. “Eu gosto muito da Microsoft. Acho que é uma empresa que tem impacto real e uma mentalidade que vai além do capitalismo tradicional. A gente sabe do nosso poder e tem uma intenção positiva.”
Sete anos depois, em 2024, a então vice-presidente de parcerias de fornecimento de software para a Microsoft Américas recebeu o convite que tanto esperava. “Meu perfil se encaixava muito bem com esse momento da IA. Eu sempre gostei de desenvolver novos modelos de negócios e de adaptar entregas às necessidades brasileiras”, conta Priscyla. “Vender tecnologia é habilitar pessoas e empresas a prosperarem”, resume.
O propósito atual, por outro lado, envolve fatores que vão além do universo digital. “Eu não penso que vou representar a Microsoft no Brasil, eu penso que vou representar o Brasil para a Microsoft. A capacidade de investimento que essa empresa tem é incrível. O compromisso com o letramento de brasileiros em IA, a construção de data centers, acho que tudo isso vai fazer uma diferença muito grande no futuro do país.”
A Era da IA
Na visão de Laham, a inteligência artificial marca uma virada paradigmática nas empresas. Para ela, o que era apenas uma curiosidade técnica se tornou parte essencial da estratégia. “As discussões que temos com os clientes hoje giram em torno de como é que eles podem transformar processos, resolver problemas e aumentar a produtividade, vai além da feira de ciências”, explica.
Quando o assunto é o futuro da IA, a presidente acredita que “cada pessoa terá sua própria inteligência artificial, um assistente que vai expandir a capacidade humana. Assim como um dia dissemos ‘um computador em cada mesa’, hoje nossa visão é ‘uma IA para cada indivíduo’”, finaliza.