Por Que Grandes Empresas Apostam na Liderança Compartilhada

Author:



Ted Sarandos e Greg Peters, co-CEOs da Netflix

Emma McIntyre/Equipe/Getty

Ted Sarandos e Greg Peters, co-CEOs da Netflix

Acessibilidade








Empresas bilionárias como Netflix, Oracle e Comcast estão apostando que dois líderes no topo podem ser melhores do que um, um modelo que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo corporativo.

Na terça-feira (30), o Spotify se tornou a mais recente companhia a nomear co-CEOs. Após a saída do fundador, Daniel Ek, que deixa o cargo após duas décadas, Alex Norström e Gustav Söderström assumirão a liderança da empresa a partir de 1º de janeiro.

Como qualquer mudança executiva, a transição para um modelo de co-CEOs representa uma transformação nos estilos e prioridades de liderança. “Todo CEO molda o cargo de acordo com suas habilidades”, diz Michael Jenkins, sócio da consultoria global de gestão Kearney.

  🔥🔥 Lista Completa de Vagas em Ribeirão Preto-SP e Região | Estágios, Jovem Aprendiz e Home Office. Clique aqui: https://wp.me/pfMlyK-maM

CEO tem mais responsabilidades

No entanto, ter uma dupla de CEOs ainda é “uma anomalia”, segundo Anup Srivastava, professor e titular da cadeira de pesquisa do Canadá na Haskayne School of Business, da Universidade de Calgary. “Mas faz sentido hoje, porque as competências necessárias para liderar uma empresa são mais complexas.”

Muitas empresas estão expandindo seu escopo, cada vez mais incorporando capacidades tecnológicas em seus produtos e serviços. Isso significa que as responsabilidades do CEO se ampliam, com cada executivo assumindo a liderança de um subconjunto de departamentos ou linhas de negócios. Na Comcast, por exemplo, o co-CEO Mike Cavanagh supervisionou a cisão das redes a cabo da NBCUniversal.

Para alcançar diferentes áreas do negócio, os co-CEOs tendem a se especializar em diferentes funções, dividindo responsabilidades operacionais e de captação de recursos com funções de produto e marketing, entre outras combinações. “O caminho de sucessão para o cargo máximo em uma organização se ampliou”, diz Jenkins.

“Mesmo assim, pouco deve mudar nas operações do dia a dia”, opina Srivastava. “Especialmente se os principais executivos priorizarem uma frente unificada.” É o que Jenkins chama de apresentar uma aparência de unidade, como escreveu em um artigo da Harvard Business Review. “Desentendimentos entre co-CEOs podem levar a confusões e à indecisão em toda a organização.”

A seguir, confira as empresas que adotaram o modelo de co-CEOs

Spotify

A plataforma de streaming de áudio anunciou Gustav Söderström, atualmente diretor de produto e tecnologia, e Alex Norström, diretor de negócios, como co-CEOs, com efeito a partir de 1º de janeiro de 2026.

Oracle

A companhia de software empresarial nomeou os executivos internos Clay Magouyrk e Mike Sicilia como co-CEOs, substituindo Safra Catz, que foi nomeada vice-presidente do conselho após 11 anos à frente da empresa.

Netflix

A gigante do streaming adotou um modelo de co-CEO em julho de 2020, quando Ted Sarandos foi promovido ao cargo máximo ao lado do então CEO, Reed Hastings.

Em janeiro de 2023, Hastings deixou o cargo, e Greg Peters foi promovido para se juntar a Sarandos, que lidera conteúdo, marketing e assuntos jurídicos, enquanto Peters se concentra em tecnologia, desenvolvimento de produtos e operações.

Comcast

A gigante de mídia e telecomunicações nomeou Michael Cavanagh como seu primeiro co-CEO, com efeito em janeiro de 2026. Ele atuará ao lado do já CEO, Brian Roberts. Cavanagh também será nomeado para o conselho da companhia.

Monster Beverage

A fabricante de bebidas energéticas nomeou em janeiro de 2021 Hilton Schlosberg como co-CEO, ao lado de Rodney Sacks.

KKR

A empresa de private equity nomeou os co-presidentes Scott Nuttall e Joseph Bae como co-CEOs em 2021, sucedendo os cofundadores bilionários Henry Kravis e George Roberts.

Bae foca em mercados privados e expansão na Ásia, enquanto Nuttall lidera crédito, mercados de capitais, seguros e o balanço geral da empresa.

Lennar

Os atuais CEOs da construtora norte-americana são Stuart Miller e Jon Jaffe. Miller foi nomeado co-CEO para se juntar a Jaffe quando Rick Beckwitt decidiu deixar o cargo.

Ambos os executivos definem a estratégia da empresa, supervisionam operações de construção de casas e lideram iniciativas como fusões e aquisições.

Gensler

A empresa de arquitetura e design Gensler é liderada por Elizabeth Brink e Jordan Goldstein, ambos nomeados em 2024, sucedendo o par anterior Andy Cohen e Diane Hoskins. Brink e Goldstein compartilham as responsabilidades das operações diárias.

Seres Therapeutics

O desenvolvedor de medicamentos nomeou em julho Thomas Desrosier e Marella Thorell como co-CEOs, assumindo o cargo de Eric Shaff, que permanece na empresa como diretor.

Sharplink Gaming

A empresa de marketing online nomeou Joseph Chalom como co-CEO em julho, ao lado de Rob Phythian, que cofundou a companhia em 2019.





Source link

📢 Aviso Legal O site ismaelcolosi.com.br atua apenas como um canal de divulgação de oportunidades de emprego e não se responsabiliza pelo processo seletivo, contratação ou qualquer outra etapa relacionada às vagas publicadas. Todas as informações são de responsabilidade dos anunciantes. ⚠️ Atenção! Nunca pague por promessas de emprego nem compre cursos que garantam contratação. Desconfie de qualquer cobrança para participar de seleções.