Por Que a Geração Z Pula de um Emprego para o Outro?

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Homem procurando novo emprego no computador

Morsa Images/Getty Images

Quase três em cada cinco profissionais no mundo planejam buscar um novo emprego este ano

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A Geração Z está abraçando o fenômeno chamado de “office frogging”, ou “sapos de escritório”: um comportamento que consiste em pular de um emprego para outro, como sapos que saltam de uma folha para outra. “São funcionários que não permanecem no mesmo emprego por muito tempo”, diz Peter Duris, CEO e cofundador do Kickresume, plataforma que utiliza inteligência artificial para auxiliar na criação de currículos. “Eles geralmente são da Geração Z e não têm medo de dar um salto de fé.”

Eles pulam de uma função para outra em busca de novas oportunidades que ofereçam estabilidade, flexibilidade, boas lideranças, menos estresse e ansiedade e, claro, salários maiores.

Mas não são apenas os jovens que evitam se prender a um mesmo emprego por anos. Um estudo da consultoria Gallup mostra que 48% dos profissionais americanos estão buscando novas oportunidades profissionais. O relatório Work Change 2025 do LinkedIn reforça essa realidade: quase três em cada cinco pessoas no mundo planejam buscar um novo emprego este ano.

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Trocar de emprego passou a ser uma marca das carreiras modernas. Uma pesquisa de 2025 da Culture Amp, plataforma que ajuda empresas a medir engajamento, desempenho e bem-estar no trabalho, entrevistou 3,3 milhões de funcionários em 4.600 empresas e revelou que quase metade deles pensa em deixar o cargo atual.

O estudo também aponta que o engajamento caiu e o orgulho em relação ao emprego diminuiu 4% desde 2022. “Embora os profissionais estejam mais aptos a gerenciar limites e alcançar metas, também têm menos confiança na liderança e menos motivação”, observa Didier Elzinga, CEO e cofundador da Culture Amp.

Especialistas afirmam que a troca frequente de empregos pode ser uma estratégia para crescer na carreira. “Frequentemente, os profissionais percebem que não estão mais aprendendo ou que começaram a se entediar em suas funções”, afirma o empresário. “Às vezes, é necessário buscar novas oportunidades para adquirir novas habilidades e aumentar o salário, algo que pode ser possível apenas com um novo emprego.”

Os prós e contras de pular de um emprego para outro

Tradicionalmente, profissionais permaneciam em carreiras estagnadas e empregos de que não gostavam, em parte pela segurança do trabalho. Outro motivo é que, no passado, os recrutadores desencorajavam a troca frequente de empregos, observando essas mudanças como instabilidade e irresponsabilidade. Sem contar que o estresse de buscar um novo emprego frequentemente aumenta a pressão sobre a saúde mental dos candidatos.

Mas os tempos estão mudando. Com a chegada de uma nova geração e suas demandas e perspectivas únicas sobre carreira, além da instabilidade no ambiente de trabalho fazendo com que a preocupação e a ansiedade atinjam níveis recordes, muitos profissionais estão percebendo que se arriscar pode ser mais recompensador do que permanecer na zona de conforto.

Segundo Peter Duris, crescer dentro de uma mesma empresa traz muitos benefícios e transmite dedicação e comprometimento no currículo ao buscar novas oportunidades. Ainda assim, ele reconhece que trocar de emprego pode ser a melhor escolha para algumas pessoas em determinadas situações.

Em vez de permanecer na mesma empresa, os “sapos de escritório” podem perceber que pular para outra oportunidade é a maneira mais eficaz e rápida de aprimorar habilidades e aumentar o salário. O executivo acrescenta que vale a pena avaliar cuidadosamente os prós e contras antes de dar o salto e oferece algumas orientações para os profissionais:

  • Cuidado com a percepção da troca frequente de empregos: Duris ressalta que ser um “sapo de escritório” tem suas vantagens, mas é importante considerar como isso será visto pelos empregadores ao analisarem seu currículo. “Uma forma de contornar isso é transformar a troca de empregos em um ponto forte, explicando por que você decidiu deixar funções anteriores”, afirma. “Isso permite falar sobre as habilidades adquiridas e conquistas alcançadas.”
  • Certifique-se de que cada mudança vale a pena: Mudar de emprego sem critério pode não trazer benefícios. “Se o seu cargo atual ainda oferece oportunidades de aprendizado, ou se a nova função não proporciona muitas habilidades novas, pode ser melhor permanecer onde você está.”
  • Não fale mal de empregos anteriores: Durante entrevistas, Duris recomenda focar nos aspectos positivos das funções anteriores e nas lições aprendidas, em vez de apontar falhas. Falar mal de um empregador anterior pode afastar potenciais empregadores.

Dicas para empresas lidarem com os “sapos de escritório”

Diante desse cenário, as empresas podem empregar estratégias para reter profissionais e incentivá-los a não “pular” para outro emprego:

  • Ofereça salários competitivos: Duris afirma que um dos principais motivadores para profissionais trocarem de emprego é o salário. Para manter os melhores colaboradores, ele acredita que vale a pena oferecer um pacote de remuneração competitivo em relação ao mercado.
  • Reavalie seu pacote de benefícios: Para aumentar a satisfação no trabalho, pode ser útil revisar e ampliar os benefícios oferecidos. “Os benefícios geralmente são um dos principais motivos pelos quais os funcionários decidem permanecer. Portanto, garantir um pacote completo pode fazer diferença.”
  • Estimule uma cultura de apoio e socialização: Além de melhores salários e benefícios, aprimorar a cultura da empresa também pode ser vantajoso. Duris recomenda incentivar um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional e promover eventos sociais para fortalecer os laços entre as equipes. Ele explica que isso pode ajudar a melhorar o clima entre os funcionários e incentivá-los a permanecer na empresa.

Para avaliar a postura de uma empresa em relação ao “sapo de escritório”, especialistas recomendam pesquisar os padrões do setor em que ela atua, especialmente em áreas como tecnologia, onde a flexibilidade costuma ser valorizada. Eles também sugerem analisar as vagas de emprego divulgadas, a presença digital da companhia e o histórico da liderança em busca de sinais de abertura para trajetórias profissionais diversificadas.

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.





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