Geração Z Prefere Buscar Renda Extra a Subir na Escada Corporativa

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Mulher da geração Z sentada em café com computador

Eva-Katalin/Getty Images

Para a Geração Z, sucesso significa equilíbrio, flexibilidade e segurança, não apenas subir cargos em uma única empresa

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Quase seis em cada dez profissionais da Geração Z têm bicos ou trabalhos paralelos, segundo uma pesquisa da americana Harris Poll em parceria com o Glassdoor. O percentual é maior do que em qualquer outra geração, evidenciando uma mudança na forma como os jovens enxergam a ambição profissional.

Para gerações anteriores, o caminho para o sucesso geralmente passava por subir a escada corporativa, conquistar promoções e, eventualmente, alcançar a cobiçada sala da chefia. A Geração Z não tem interesse em seguir esse mesmo roteiro. Em vez disso, direciona sua energia para projetos pessoais, trabalhos como freelancer e empreendimentos fora do emprego tradicional.

Isso não significa falta de ambição. O que muda é o foco: o objetivo dessa geração geralmente não está atrelado a cargos e títulos, mas à liberdade, flexibilidade e à criação de múltiplas fontes de renda que lhes deem maior controle sobre o próprio futuro.

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Por que a Geração Z está rejeitando a escada corporativa

Uma pesquisa do Glassdoor mostra que 68% dos profissionais da Geração Z não aceitariam cargos de gestão sem um aumento significativo de salário ou de status. Sem esses incentivos, as funções de liderança deixam de ser tão atrativas como já foram. Em vez de buscarem prestígio, os jovens estão mais focados em construir carreiras sustentáveis.

Especialistas chamam esse movimento de “minimalismo de carreira” (em inglês, career minimalism). A ideia é evitar estresse desnecessário em ambientes que, muitas vezes, não recompensam a lealdade. Ao verem as gerações anteriores enfrentarem burnout, demissões em massa e desconfiança em lideranças corporativas, os mais jovens preferem diversificar suas opções em vez de apostar todas as fichas na ascensão corporativa tradicional.

“Trocamos a escada corporativa rígida pela carreira em que podemos pular para a oportunidade que fizer mais sentido naquele momento”, afirma Morgan Sanner, especialista em carreira do Glassdoor. Para essa geração, sucesso é sinônimo de equilíbrio, segurança e autonomia, e não de subir cada vez mais alto dentro de uma única empresa.

Como a renda extra virou o novo objetivo

A carreira tradicional tinha um roteiro claro: subir a escada corporativa, conquistar uma posição de liderança, gerir equipes e acumular símbolos de status. O sucesso era linear, previsível e medido pela altura alcançada dentro de uma organização.

Hoje, ele assume outra forma. Dados da pesquisa Harris Poll revelam que 57% dos profissionais da Geração Z têm trabalhos paralelos, contra 48% dos millennials, 31% da Geração X e 21% dos baby boomers. Para os mais jovens, isso não significa apenas um complemento de renda. São estratégias que oferecem o que o emprego tradicional muitas vezes não garante: criatividade, autonomia e autenticidade.

Muitos descrevem essa lógica como “o 9 às 5 banca o 5 às 9” – o emprego fixo financia os projetos empreendedores. Trata-se de uma mudança de valores em relação às gerações passadas, que buscavam segurança na lealdade corporativa. Já a Geração Z encontra isso na construção de portfólios e na diversificação da renda.

Como a IA e a insegurança no trabalho alimentam essa mudança

O impacto da IA nas preocupações com segurança no emprego

A inteligência artificial está mudando a forma com que a Geração Z enxerga sua estabilidade profissional. Segundo a Glassdoor, 70% dos jovens acreditam que a IA coloca em dúvida a segurança de seus empregos a longo prazo. A preocupação é legítima: à medida que acompanham a automação de tarefas em áreas como atendimento, criação de conteúdo e análise de dados, fica claro que nenhum cargo está imune à disrupção tecnológica.

Gestão de risco

Nesse cenário, buscar opções é uma resposta lógica. Se o emprego principal pode ser automatizado, múltiplas fontes de renda funcionam como uma rede de proteção. O que alguns críticos interpretam como falta de ambição pode ser, na prática, uma estratégia de gestão de riscos.

A Geração Z está construindo o que economistas chamam de “carreiras-portfólio” (ou carreira múltipla): uma combinação de emprego fixo com trabalhos como freelancer, produtos digitais, consultorias ou pequenos negócios. Essa diversificação oferece a segurança financeira e a flexibilidade que uma carreira baseada em um único empregador não consegue proporcionar.

O que gestores da Geração Z nos ensinam sobre equilíbrio

Isso não quer dizer que existam profissionais Geração Z buscando e assumindo posições de liderança. Quando assumem cargos de gestão, os jovens trazem filosofias de liderança diferentes. Pesquisas do Glassdoor mostram que eles praticam o que alguns especialistas chamam de “unbossing consciente”, abandonando a liderança autoritária e criando ambientes de trabalho mais colaborativos e flexíveis.

Os números confirmam essa mudança: 31% dos gestores da Geração Z consideram a flexibilidade de horários como prática padrão. Eles tendem a priorizar o bem-estar da equipe em vez de se prender apenas a métricas de produtividade.

Esse estilo de gestão reflete valores mais amplos sobre integração entre vida pessoal e profissional. Crescidos em meio à tecnologia, que já borrava esses limites, entendem a importância de estabelecer fronteiras saudáveis. Valorizam menos o “culto à exaustão” e mais os resultados concretos.

Além disso, esses líderes mais jovens geralmente também estão mais confortáveis com o trabalho remoto, agendas flexíveis e métricas orientadas a entregas. Para eles, sucesso se mede por resultados, não por horas de presença no escritório.

O que as outras gerações podem aprender

A abordagem da Geração Z traz lições para profissionais de todas as idades. Seu foco em limites, saúde mental e diversificação de renda aponta caminhos para um sucesso de carreira mais sustentável.

Abaixo, veja cinco pontos que qualquer profissional pode aplicar:

  1. 1. Construa uma carreira múltipla: mesmo com emprego fixo, fontes extras de renda garantem segurança financeira e espaço criativo. Pode ser consultoria, produtos digitais ou projetos pessoais.
  2. 2. Encare a IA como aliada, não como ameaça: a Geração Z tende a integrar a IA em suas rotinas para ganhar produtividade. Saber trabalhar com a tecnologia vira vantagem competitiva.
  3. 3. Priorize saúde mental e limites claros: separar vida pessoal e trabalho é sustentável a longo prazo. Reduzir expectativas em determinados períodos não é falta de profissionalismo, mas estratégia de bem-estar.
  4. 4. Foque em resultados, não em horas: medir sucesso pelo que se entrega, e não pelo tempo no escritório, aumenta tanto a produtividade quanto a satisfação.
  5. 5. Reinterprete o minimalismo de carreira: perseguir apenas cargos e títulos pode custar caro para a vida pessoal. Definir o sucesso de forma mais ampla pode ser mais inteligente.





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