A ministra do Trabalho prometeu reapresentar a medida que reduz o teto da jornada semanal de 40 para 37 horas e meia – o que equivale a meia hora a menos por dia

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A Câmara Baixa da Espanha arquivou um projeto de lei que reduziria a jornada semanal em 2 horas e meia, representando mais um revés para o governo, que enfrenta dificuldades para aprovar as reformas prometidas em um parlamento fragmentado.
Na votação de quarta-feira (10) à noite, parlamentares da oposição se uniram ao partido regional catalão Junts contra a legislação central defendida pela ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, e pelos principais sindicatos, impedindo que a proposta chegasse ao plenário para debate.
Ainda assim, Díaz prometeu reapresentar a medida que reduz o teto da jornada semanal de 40 para 37 horas e meia – o que equivale a meia hora a menos por dia.
O Junts, favorável ao empresariado e que busca a independência da Catalunha, mas às vezes apoia o governo central, se juntou ao conservador Partido Popular e ao partido de extrema direita Vox, formando uma maioria de 178 votos contra 170.
Os opositores argumentaram que pequenos negócios e agricultores não teriam condições de arcar com os custos adicionais da medida, o que resultaria em perda de empregos e colocaria em risco o estado de bem-estar social.
Essa derrota parlamentar – a mais recente de várias – ocorre enquanto o primeiro-ministro Pedro Sánchez busca apoio de partidos para aprovar um orçamento com mais de dois anos de atraso, ao mesmo tempo em que tenta se afastar dos escândalos de corrupção que marcaram seu terceiro mandato.