o Que a História Ensina sobre o Futuro do Trabalho

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“Não são tempos comuns.” A frase, que já marcou momentos históricos como os discursos de Eleanor Roosevelt durante a Segunda Guerra Mundial, voltou a ganhar relevância nas últimas décadas. Da pandemia ao avanço da inteligência artificial, o mundo está novamente em transformação profunda e, mais do que nunca, precisamos entender o que essas mudanças significam na prática.

Recentemente, ouvi uma comparação sobre como empresas norte-americanas demoraram décadas para abandonar o uso de vapor como fonte de energia mesmo depois da popularização da eletricidade. A razão? A infraestrutura e a mentalidade organizacional ainda estavam presas ao modelo antigo.

No Brasil, temos exemplos semelhantes. Durante muitos anos, boa parte da indústria nacional, como serrarias e fábricas têxteis, continuou utilizando geradores a diesel ou a lenha mesmo já havendo fornecimento elétrico disponível. Em algumas regiões, usinas de beneficiamento de café no interior de Minas Gerais mantiveram caldeiras a vapor operando até o fim do século XX. A mudança exigia reconfigurar processos, investir em novas máquinas e capacitar profissionais. Em outras palavras, não bastava a tecnologia estar acessível, era preciso saber como utilizá-la e assumi-la como uma transformação estratégica de negócios.

Essa resistência ao novo, por mais que pareça racional no curto prazo, pode custar caro no futuro. Vejo nesses exemplos um paralelo claro com a inteligência artificial nos dias de hoje. A IA já está disponível, acessível e, em muitos casos, integrada às ferramentas que usamos no dia a dia. Ainda assim, muitas empresas, instituições e profissionais ainda operam como se nada tivesse mudado.

Em apenas dois meses, o ChatGPT alcançou 100 milhões de usuários, o crescimento mais veloz já registrado entre tecnologias emergentes. Para comparação, a internet levou cerca de sete anos para alcançar esse número. A velocidade da adoção escancara uma realidade: a sociedade não está esperando por estruturas formais ou planejamentos de longo prazo para experimentar novas ferramentas. Estamos vivendo, na prática, a maior transição de habilidades da história recente.

O desafio está, portanto, em não perder o momento. Como refletiu Ryan Roslansky, CEO do LinkedIn, sonhar grande hoje não é perseguir metas infladas ou discursos genéricos, mas ter coragem de apostar em hipóteses ousadas e testá-las com profundidade. O impacto relevante nasce de descobertas reais, não de promessas. Isso vale para governos, empresas, escolas e também para cada profissional.

Adaptar-se não significa substituir tudo de uma hora para outra. Significa começar. Significa testar. Significa aprender com consistência e intenção. Crescer deve ser consequência da descoberta, não o objetivo em si. Nesse cenário, milhões de profissionais terão que se reinventar – e muitos já estão fazendo isso. A tecnologia já não é o limite; o limite está em nossa disposição para mudar. E essa mudança não se sustenta apenas com conquistas do passado: aquele diploma obtido em algum momento tem seu valor, mas, se for a única credencial, será insuficiente. As empresas buscam profissionais que se desenvolvam continuamente e adquiram novas habilidades para acompanhar as transformações do mercado.

A questão agora não é mais “se” vamos usar inteligência artificial, mas como, com quais regras, qual limite ético, com quais critérios e com que tipo de ambição. A resposta para isso não virá de um único lugar. Será coletiva, gradual e, inevitavelmente, com erros e acertos.

Tempos extraordinários não contam com respostas prontas. Mas pedem coragem, ação e a capacidade de imaginar e construir algo melhor do que o que já existe. Porque este, definitivamente, não é um tempo comum.

*Milton Beck, Diretor Geral do LinkedIn para América Latina e África

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.





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