Como Fenômeno Silencioso Prejudica a Produtividade e o Engajamento

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Quiet cracking descreve uma falta de engajamento que custa bilhões à economia global

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Mais da metade dos profissionais já vivencia o “quiet cracking”, uma forma silenciosa de desengajamento que corrói a produtividade. Diferente do quiet quitting, em que o funcionário estabelece limites conscientes, fazendo apenas o mínimo exigido no trabalho, o quiet cracking (em tradução literal, quebrando em silêncio) reflete uma insatisfação persistente que, aos poucos, leva à queda de desempenho, redução da produtividade e, eventualmente, pode resultar em demissão.

O termo descreve a experiência de profissionais que se sentem presos em seus empregos e não conseguem sair pela falta de opções melhores, porque dependem do salário ou temem que outra posição ofereça os mesmos problemas.

Segundo uma pesquisa da TalentLMS, plataforma de gestão de aprendizado baseada em nuvem, que ouviu 1.000 profissionais nos EUA em março deste ano, 54% deles descrevem sua relação com o trabalho como quiet cracking. Esse fenômeno prejudica o engajamento e aumenta a rotatividade.

Desengajamento custa caro

De acordo com um relatório da Gallup deste ano, apenas 1 em cada 5 profissionais no mundo se sente realmente engajado. Esse cenário tem um impacto financeiro relevante: mais de US$ 400 bilhões para a economia global.

No Brasil, a situação é um pouco melhor, mas ainda preocupa. Em 2024, o índice de engajamento atingiu 34%, um avanço de 3% em relação ao ano anterior e 13% acima da média internacional.

A seguir, veja os sete comportamentos mais comuns de “quiet cracking” que prejudicam a produtividade, e como líderes podem enfrentá-los:

7 situações que minam a produtividade e o engajamento

1. Insegurança devido à falta de treinamento

A pesquisa mostra que profissionais que não receberam treinamento no último ano têm 140% mais chances de se sentirem inseguros sobre seus empregos. Isso se manifesta como hesitação em assumir novas responsabilidades, relutância em contribuir com ideias e evitar projetos desafiadores.

Como resolver:

  • Crie programas contínuos de aprendizado voltados para cada função, abordando lacunas de habilidades e focando nas ferramentas e processos usados diariamente pela equipe.
  • Ofereça microaulas(sessões de 15 a 20 minutos) sobre novas ferramentas e recursos de IA, respeitando agendas apertadas e desenvolvendo habilidades essenciais.
  • Monitore a conclusão dos cursos e conecte os objetivos de aprendizado às metas de desempenho, para que os funcionários vejam como desenvolver habilidades impacta produtividade e crescimento profissional.

2. Ambiguidade de função e expectativas pouco claras

Dados indicam que 15% dos funcionários não compreendem claramente seu papel em ambientes de trabalho orientados por IA. Profissionais sem direcionamento claro tendem a realizar apenas tarefas familiares, evitando novas responsabilidades que poderiam aumentar a produtividade e a progressão da carreira.

Como resolver:

  • Atualize regularmente descrições de cargos conforme as ferramentas e processos evoluem.
  • Realize check-ins trimestrais focados nos objetivos de cada função, alinhando expectativas e responsabilidades.
  • Publique fluxogramas claros dos novos processos, mostrando como a contribuição individual se encaixa no sistema como um todo.

3. Sobrecarga devido à má gestão da carga de trabalho

A pesquisa revela que 29% dos funcionários relatam cargas de trabalho insustentáveis. Essa sobrecarga contribui diretamente para o quiet cracking, pois até os membros os profissionais mais dedicados se esgotam quando enfrentam demandas persistentes sem os recursos adequados.

Como resolver:

  • Realize auditorias regulares para identificar e eliminar trabalhos de baixo valor, automatizando, delegando ou removendo tarefas que não contribuem para objetivos-chave.
  • Estabeleça “dias de foco” sem reuniões, permitindo trabalho profundo em projetos complexos.
  • Use ferramentas de planejamento para equilibrar a carga de trabalho entre a equipe, redistribuindo tarefas antes que o excesso de trabalho comprometa a produtividade e cause desgaste na equipe.

4. Isolamento e falta de suporte

Os primeiros sinais visíveis de quiet cracking aparecem como redução da colaboração e afastamento das interações em equipe. Esse isolamento cria um ciclo perigoso: funcionários menos conectados participam menos, aumentando a sensação de solidão e corroendo a produtividade.

Como resolver:

  • Agende reuniões individuais semanais voltadas ao bem-estar, além das conversas sobre projetos e o trabalho em si, iniciando com perguntas sobre desafios enfrentados e o suporte necessário.
  • Crie programas de mentoria entre colegas ou “buddy programs” para criar oportunidades estruturadas de conexão e espaços seguros para discutir problemas.
  • Crie canais assíncronos para compartilhamento de pequenas conquistas e reconhecimento, fortalecendo vínculos e prevenindo o quiet cracking.

5. Medo e confusão em relação à IA

Uma pesquisa recente do Pew Research aponta que 52% dos profissionais se preocupam com o impacto futuro da IA no trabalho, e 32% acreditam que a tecnologia reduzirá oportunidades de emprego a longo prazo. Esse medo leva à relutância em adotar novas ferramentas, evitar oportunidades de aprimoramento, acumular conhecimento para parecer indispensável e aumentar faltas.

Como resolver:

  • Crie sessões de alfabetização em IA para toda a equipe, explicando as tecnologias em linguagem simples.
  • Seja transparente sobre quais tarefas serão automatizadas ou potencializadas, mostrando como a IA pode aumentar a produtividade em vez de ameaçar empregos.
  • Envolva funcionários em projetos-piloto de IA para co-criar fluxos de trabalho, promovendo entendimento prático e senso de propriedade.

6. Incerteza na carreira e estagnação

O estudo mostra que 82% dos funcionários se sentem seguros em seus cargos atuais, mas essa confiança cai para 62% quando questionados sobre o futuro na empresa. A desconexão entre segurança no curto prazo e sucesso a longo prazo favorece o quiet cracking.

Como resolver:

  • Crie planos de carreira claros que demonstrem possibilidades de progressão, especialmente com a evolução de funções pela integração tecnológica.
  • Promova conversas trimestrais de desenvolvimento de carreira, separadas das avaliações de desempenho, focando em oportunidades de crescimento.
  • Estabeleça programas de mentoria conectando funcionários a líderes que os auxiliem na evolução profissional.

7. Desconexão da liderança e preocupações não ouvidas

Quase 50% dos funcionários que experienciam o quiet cracking relatam que seus gestores não escutam suas preocupações. Essa falha de comunicação impede intervenções precoces, criando pontos cegos até que o desengajamento impacte o desempenho e a produtividade.

Como resolver:

  • Treine os gestores para reconhecer sinais iniciais de desengajamento, como menor participação em reuniões ou colaboração reduzida.
  • Crie canais anônimos de feedback, onde funcionários possam expressar preocupações sem receio de represálias.
  • Promova sessões estruturadas de escuta ativa, em que os líderes se concentrem em ouvir atentamente, sem buscar soluções imediatas.

*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.





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