Sem Formação Técnica, Ela Chegou à VP do Hub de IA da Oracle na América Latina

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marcelle paiva, vp da oracle

Felipe Paiva/Oracle

Marcelle Paiva, vice-presidente do Hub de IA da Oracle América Latina, tem no currículo passagens por SAP e TOTVS

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Há uma década na Oracle, Marcelle Paiva reuniu as habilidades adquiridas ao longo da carreira para estruturar e liderar o recém-criado Hub de Inteligência Artificial da companhia. Do marketing, trouxe a leitura de mercado e do momento da empresa; de operações, a atenção aos indicadores e ao impacto no negócio; e da estratégia, a capacidade de transformar planos em ação. “São muitas novidades sendo desenvolvidas no mercado”, afirma. “Precisa existir um núcleo que organize todas as informações em inteligência artificial e decifrar o que é ruído e o que realmente é um sinal.”

Marcelle foi COO da empresa na região e, no último ano, ocupou a vice-presidência de estratégia de cloud. Já acompanhava de perto as tendências quando percebeu que não seria possível aproveitar o potencial da IA sem atuar em ecossistema. O hub, lançado em junho, faz conexões com fundos de investimento, startups, clientes e áreas internas da empresa. “Temos uma meta bastante ambiciosa para vendas de inteligência artificial neste ano fiscal, então precisávamos de um grupo totalmente dedicado a isso.”

Publicitária de formação, Marcelle passou 15 anos no marketing, de estagiária a diretora executiva. Antes da Oracle, também passou por SAP e TOTVS. “Era uma área que eu conhecia bem, embora tenha mudado muito. Agora, cada dia é um desafio”, diz ela, que gosta mesmo é de crescer fora da zona de conforto.

No primeiro estágio em uma empresa de tecnologia, era como se estivesse aprendendo um novo idioma. “Em três meses ainda não entendia o que a empresa fazia”, relembra. “Hoje, eu me sinto voltando naquele início.”

De lá para cá, acumulou certificações, treinamentos e aprendizados em livros, podcasts e trocas outros colegas. O mercado não para, e ela segue o ritmo. Mas o fato de não ser uma profissional técnica também é um diferencial. “Pessoas muito técnicas me chamam para reuniões com clientes para traduzir a conversa”, diz. “Entender de marketing, relação com o cliente e experiência ajuda muito.”

A seguir, Marcelle Paiva, vice-presidente do Hub de Inteligência Artificial da Oracle, conta como construiu uma carreira na tecnologia e chegou à liderança sem formação técnica e como implementou a disciplina na vida pessoal e profissional.

Forbes: Como surgiu e como funciona na prática o Hub de Inteligência Artificial da Oracle?

Marcelle Paiva: Na Oracle, por ser uma empresa de tecnologia, todo mundo é um profissional de inteligência artificial. Mas precisa existir um núcleo para organizar todas essas informações que surgem e decifrar o que é ruído e o que realmente é um sinal para que a gente possa ser a ponte entre nossos clientes e parceiros.

Pensando em como conectar tudo isso, eu propus para o meu líder criar um núcleo focado em IA. No hub, a gente está muito atento desde o começo dessa jornada. Resumimos a missão em três grandes focos: nos conectar melhor com o mercado, escalar e executar os negócios no Brasil e na América Latina. Para ter sucesso com IA, não dá para fazer nada sozinho. Você precisa realmente estar em um ecossistema para tirar o máximo proveito da inteligência artificial. O hub é novo, já temos um time formado, mas ainda com muitas vagas em aberto e no processo de contratação para expandir e ser cada vez mais forte em toda a América Latina.

O que você diria que te destacou para estar nessa posição?

Eu sempre reflito sobre isso. Sou formada em marketing, onde construí boa parte da minha carreira, mas há seis anos passei para a área de operações. Isso me trouxe o entendimento dos indicadores principais da companhia. Foi o momento de estar nos bastidores e entender a empresa por um outro ângulo, mas nunca perdi o contato com o cliente. Fiquei por cinco anos, sempre querendo entender se a parte estratégica que a gente estava desenhando fazia sentido para o cliente. No ano passado, tive a possibilidade de ficar vice-presidente de estratégia de cloud. Então já via IA dentro do meu portfólio, mas era 25% do meu tempo e também do meu time. Com o passar do tempo, foram vindo cada vez mais coisas novas, muita informação e os clientes precisavam de ajuda. Pensando em como a gente conseguiria conectar tudo isso, eu propus para o meu líder criar um núcleo focado em AI.

Eu tive uma boa leitura do que estava acontecendo e propus a gente se organizar dessa forma. Temos um objetivo bastante ambicioso para vendas de inteligência artificial neste ano fiscal, então realmente precisávamos de um grupo focado nisso.

Tudo contribuiu para eu chegar aqui: as skills de marketing me ajudam a fazer a leitura do mercado, operações me traz disciplina para olhar os principais indicadores e pensar em como dar tração para as atividades e ter impacto no negócio, tanto internamente na Oracle quanto no cliente, e a área de estratégia traz essa visão de conexão e de armar um plano.

Como foi o início da sua carreira na tecnologia?

Eu fui fazer propaganda e marketing com o sonho de trabalhar numa empresa de varejo com grandes verbas de marketing. Entrei na faculdade em 1999, no boom do digital. Fiz estágio numa consultoria. Era B2B, eu não entendia aquilo muito bem. E nas férias de verão consegui meu primeiro estágio numa empresa de tecnologia que chamava J.D. Edwards, uma empresa de ERP (Enterprise Resource Plan). Eu fazia marketing, nem sabia o que era essa sigla. A tecnologia não era tão democrática como é hoje. Eu não conseguia nem pronunciar o nome da empresa quando me chamaram para a entrevista. Eu tinha 18 anos, estava na faculdade há um ano. Quando cheguei naquele prédio lindo que o elevador falava, aquilo já era muito fora da minha realidade. Eu sou de São Paulo, mas de bairros mais afastados e nem ia muito para esses lados. Fiz aquele processo seletivo super longo, com entrevista até com o presidente. Tive a felicidade de passar e foi muito legal que eles me explicaram porque eu passei. Eles disseram que o meu brilho no olhar, a minha energia era muito alta, era diferenciada de todas as pessoas, e a maioria eram engenheiros. Eu tinha aquela sede de aprendizado, estava ali anotando tudo, porque pra mim as entrevistas já valiam como um aprendizado. Eu trabalhei por três meses, mas ainda não entendia o que a empresa fazia. O primeiro aprendizado que eu tive é que você tem que ser humilde e ter vontade de aprender. Fui perguntar para os estagiários o que a empresa fazia, e comecei a ver que pra desempenhar bem o meu trabalho no marketing eu precisava estar sempre muito atualizada com o que estava acontecendo na empresa e entender de tecnologia.

Como você buscou e continua buscando conhecimento e atualizações sem ser uma pessoa técnica?

Naquela época comecei a ler livros, fazer todos os treinamentos da empresa e perguntar muito, porque eu descobri que gostava de aprender com os outros. Hoje, eu me sinto voltando naquele início, mas agora com muito mais desafios. Liderar uma área de inteligência artificial requer que eu tenha certificações, que já venho tirando desde que entrei em operações. Precisei entender de dados e, ao mesmo tempo, estava fazendo uma formação no Einstein sobre gestão das emoções. Fui encontrando o meu meio de aprendizado. Chamei a minha professora para escrever um artigo comigo sobre humanos e tecnologia. Isso faz com que eu aprenda muito. Estou sempre nessa busca, com aprendizados formais – já tirei seis certificações e no próximo mês começo mais uma na USP –, mas também gosto de fazer minhas anotações e correlações no dia a dia para traduzir de uma forma que me ajude a entender melhor. E quando eu começo a entender, eu consigo ensinar, então também sou professora de inteligência artificial em algumas escolas. Depois de 15 anos trabalhando no marketing, tendo começado como estagiária e chegado à diretoria executiva, já era uma área que eu conhecia, apesar de ter mudado muito. Agora, todo dia é um desafio.

Qual a importância desse desconforto para crescer na carreira?

Primeiro, você precisa aprender que estar vulnerável e no desconforto te ajuda. Acho que nem todo mundo consegue estar neste lugar e nem sempre é fácil, principalmente sendo vice-presidente porque, em tese, se espera que você já saiba muita coisa. Mas a gente sempre tem algo a contribuir. Às vezes, pessoas muito técnicas me chamam para uma reunião para traduzir o que eles vão falar – e vice-versa. Essas alianças no ambiente de trabalho são fundamentais para o crescimento. Para estar em uma posição de liderança, eu preciso desenvolver algumas características, mas a gente também precisa relembrar quais são as nossas fortalezas e entender que estamos em uma jornada de aprendizado.

Hoje em dia, é muito difícil ter alguém que domine totalmente a inteligência artificial. Quando você fala em um hub, já pressupõe que vai fazer muita conexão e trazer outras pessoas. Acho que é um momento ímpar porque as áreas de negócio também passaram a ter mais protagonismo porque a IA é a forma, é a tecnologia, mas como a gente vai usar isso no nosso dia a dia para realmente ter impacto para as nossas vidas e carreiras?

Como a Oracle e você, especialmente, estão enxergando esse boom de IA no mercado? Pessoalmente, como você tem usado a inteligência artificial?

Uma das formas de aprendizado é a experimentação. Eu levo a vida pensando que estou em constante aprendizado e tenho bastante intenção e disciplina. Eu geralmente faço metas anuais, trimestrais, mensais e semanais das coisas que eu estou querendo aprender. Eu gosto de ser a amiga que vai trazendo novas ideias e também faço isso no ambiente corporativo. Agora eu criei uma agente para resolver meus problemas. A tecnologia muitas vezes facilita coisas muito simples do dia a dia. Então, eu estou sempre usando e com uma mente voltada para experimentação, estudo e aplicação. Se você não experimentar, fica difícil conseguir entender os benefícios que as coisas podem ter no seu dia a dia. do seu time e da sua empresa.

Muitos profissionais estão migrando para empresas e áreas de tecnologia. Que dicas você daria para pessoas que, assim como você, não têm formação na área, mas gostariam de trilhar essa carreira?

Todo mundo vai ser um profissional de tecnologia, uns mais técnicos, outros menos. Tem que estudar bastante, muitas vezes de maneira formal porque existe um glossário novo e um entendimento novo de como as coisas funcionam. É necessário entender pelo menos o básico para trilhar essa jornada. Depois, encontrar seus pontos fortes. Eu já sei os meus: eu tenho comunicação, estratégia, visão de negócios, eu consigo captar e traduzir isso num documento e simplificar. Com uma base de tecnologia, sabendo quais são os seus pontos fortes e experimentação, você vai se expandindo. Tem que levar a sério, com estudo permanente de diversas formas, com alguns aprendizados formais, outros no dia a dia, podcasts, livros, procure escutar e absorver essas novas nomenclaturas porque é um idioma novo. É preciso ter intenção para desenvolver essas habilidades.

E quais dessas habilidades – mais técnicas ou soft skills – foram as mais importantes ao longo da sua carreira?

São algumas. Eu gosto de trabalhar e acho que pessoas que gostam de trabalhar vão se desenvolvendo. Mas trabalhar dá trabalho e às vezes eu vejo que a gente vive momentos como sociedade em que ser CLT não é legal e todo mundo só quer viver os dias de glória. Mas a vida é de lutas e glórias e trabalho dá trabalho, mas também dá um senso de realização. Sobre as habilidades, eu sou muito transparente, gosto de pessoas e tenho um senso crítico alto, empatia e autoconhecimento, o que é bastante importante hoje.

Você sempre diz que a maternidade te trouxe habilidades para a vida pessoal e profissional. Quais são elas?

Muitos dos meus aprendizados na maternidade eu levo pra minha vida, pro meu dia a dia e me ajudam a ser uma pessoa melhor. Eu poderia citar mil exemplos de erros e acertos, mas sempre me coloco em uma posição de vulnerabilidade. Tem dias que eu sinto que venci, outros que eu errei, mas eu busco acertar mais do que errar. E é a mesma coisa que eu penso aqui com o meu time. É assim que eu encaro a minha vida e as minhas relações. Estou aqui para evoluir, para aprender, trocar com as pessoas e ser um ser humano melhor.

Eu amo ser mãe. Tenho dois filhos e acho que essa é a minha maior missão. Não tenho o objetivo de impactar um milhão de pessoas. Eu tenho essa missão de fazer muito bem feito lá na minha casa, começando com os dois. Se eu puder influenciar outras, maravilha.

Você também tem uma rotina de exercícios bastante disciplinada. Sempre foi assim?

Você acredita que não? Eu entrei com 17 anos na faculdade, me casei muito cedo, com 22 anos, tive filho com 27 e achava que não tinha tempo. Nessa época, eu não era tão disciplinada. Eu sempre estudei, acordava às 5h da manhã pra ir pra aula de inglês, mas não tinha muito essa coisa da atividade física. E por muito tempo, eu até usava essa frase: só vai. Até que os desafios da vida vêm, e eu comecei a ver que precisava ter um tempo pra mim. Comecei a fazer terapia há dez anos porque eram muitas variáveis para controlar. Eu sou uma defensora da atividade física porque eu sei o benefício que isso faz na vida das pessoas. É outra qualidade de cabeça, de mentalidade, de físico, de energia.

Como equilibrar e manter essa rotina?

Eu já acordava cedo, mas quando li aquele livro “O Milagre da Manhã”, comecei a acordar antes de todo mundo e dedicar duas horas só pra mim. Fui buscando várias coisas que eu gosto, bicicleta é uma delas, entrei na jornada da yoga e a musculação foi a última que eu me apaixonei mais recentemente. Hoje, eu levo uma vida bem intencional e disciplinada. Acordo cedo todos os dias, às 5h já estou de pé. Minha primeira coisa do dia é uma leitura que eleve o espírito. Agora estou lendo o “Diário Estoico” e adorando. Todo dia eu tenho uma reflexão, tomo o meu café e vou pra minha atividade física. Na volta, tomo banho e café com os meus filhos, levo eles para a escola e chego na Oracle antes das 8h, sou inclusive uma das primeiras a chegar. Quando eu comecei a organizar e ter essa intenção eu vi que dava tempo, mas nem sempre foi assim. E os benefícios são tremendos. Dá um prazer imenso em fazer as coisas pra mim e ver a minha evolução.

Tirando o crachá, quem é a Marcelle?

Gosto de começar pelo significado do meu nome: jovem guerreira. Pode parecer simples, mas, para mim, os nomes carregam mais do que uma definição, eles carregam histórias, trajetórias e a forma como vamos nos moldando ao longo da vida. Com o tempo, fui aprendendo que nosso valor está em ser, não em ter ou estar.

Sou mãe do Pedro e do Felipe, dois meninos que me ensinam diariamente sobre presença e reinvenção. Sou muito curiosa, daquelas que gostam de entender o porquê das coisas. Adoro pessoas, conversar, escutar, aconselhar e vibrar junto. Se tem algo que me move, é o movimento: estar em transformação, provocar reflexões e seguir conectando histórias, porque acredito profundamente no poder da autenticidade.

O que ainda quer conquistar, na vida e na carreira?

Alguns anos atrás, durante sessões de terapia, fui desafiada a escrever sobre o que eu queria da vida. E o que surgiu disso foi um compromisso interno: encorajar a mim e aos outros a cultivar uma boa gestão de si. Quero continuar crescendo a partir de quatro pilares que considero fundamentais: saúde física, mental, espiritual e intelectual. E fazer isso de forma produtiva e com impacto positivo na minha família, nos amigos e no trabalho. Na carreira, quero seguir na tecnologia, aprendendo cada vez mais sobre essa revolução que é a inteligência artificial. Me inspira estar perto da transformação, conectar pessoas a novas possibilidades e continuar construindo com propósito.

A trajetória de Marcelle Paiva, VP do Hub de Inteligência Artificial da Oracle na América Latina

Por quais empresas passou

TOTVS, SAP e, há 10 anos, Oracle.

Formação

Bacharel em Propaganda e Marketing pela Unip
MBA em Administração, Negócios e Marketing pela ESPM
Pós-Graduada em Gestão das Emoções no Hospital Albert Einstein
Certificada Conselheira de Administração Digital pela HSM
Advanced Management Program pelo ISE Business School (cursando)

Primeiro emprego

“Comecei meu primeiro estágio em uma empresa de consultoria, com apenas dois meses de faculdade, a Adigo Consultores. Em 2001, entrei para a área de tecnologia, na empresa J.D.Edwards, seguido da PeopleSoft e depois Oracle, sem nenhum conhecimento específico, apenas com vontade, curiosidade e muito trabalho.”

Primeiro cargo de liderança

“Gerente de Marketing na Datasul em 2006, onde de fato passei a ter um time, depois a companhia foi incorporada pela TOTVS e continuei na empresa até 2010.”

Um hábito essencial na rotina

“Meditação, leitura, atividade física e uma boa dose de café.”

Um livro, podcast ou filme que inspira sua visão de gestão

“Nesta fase, destaco três livros que me inspiram na gestão: “Essencialismo”, que me ensinou o valor de focar no que realmente importa; “Diário de um CEO”, que combina vulnerabilidade com estratégia; e “Cabeça de Campeão”, que conecta alta performance com mentalidade.

Nos podcasts, tenho adorado o IA Sob Controle, que trata de forma acessível e provocadora os impactos da inteligência artificial no nosso dia a dia. E nas séries, a história da WeWork – pela potência das ideias e, ao mesmo tempo, os riscos da liderança sem equilíbrio.

O que te motiva

“Saber que estou sendo ponte – entre pessoas, ideias, oportunidades. Ver o time engajado e saber que estamos alcançando resultados com consistência, sem perder o sentido do caminho.”

Um conselho de carreira

“Não romantize! A carreira exige esforço, resiliência e trabalho duro. Estude, coloque em prática, aprenda com os erros, entregue valor e aprenda a lidar com momentos desafiadores. E, principalmente: seja original! Quem copia nunca lidera de verdade, pode até ser chefe, mas não líder da vida.”

Tempo de carreira

25 anos.





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