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A Walt Disney Company está reduzindo o seu envolvimento em iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI, na sigla em inglês) para se concentrar novamente em sua missão principal no setor de entretenimento, de acordo com um memorando interno obtido pela Reuters.
A Disney se junta a uma longa lista de empresas que estão reavaliando suas práticas de DEI, especialmente diante da postura contrária da administração Trump em relação a essas iniciativas. Embora a declaração da Disney no memorando de Coleman seja sutil, a decisão parece responder à mudança de direção no cenário político.
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Após vencer uma batalha contra o investidor Nelson Peltz, que criticava, entre outras coisas, o que chamava de “agenda progressista” da empresa, o CEO Bob Iger afirmou à CNBC que a missão da Disney é entreter um “público muito diverso”. Ele reforçou seu compromisso de ser mais cuidadoso para não alienar certas pessoas. “Não é fácil”, afirmou.
“Nossos negócios envolvem entretenimento, turismo e produtos de consumo, cujo sucesso depende substancialmente dos gostos e preferências dos consumidores, que mudam de maneira muitas vezes imprevisível”, afirmou a Walt Disney Company em seu Relatório Anual de 2024. “As preferências de alguns consumidores são influenciadas por sua percepção sobre nosso posicionamento em questões de interesse público, incluindo temas ambientais e sociais.”
Fim do DEI
A diretora de recursos humanos da Disney, Sonia Coleman, enviou uma carta aos 230 mil funcionários da empresa explicando mudanças na cultura corporativa para alinhar as iniciativas da companhia com seus objetivos comerciais e valores institucionais.
A compensação dos executivos, que anteriormente era calculada com base em 70% no atingimento de metas financeiras e 30% em outros fatores de desempenho, não incluirá mais “Diversidade & Inclusão” como um desses fatores. Em vez disso, esse critério será substituído por uma “Estratégia de Talentos”.
O site “Reimagine Tomorrow”, que detalhava as políticas e ações da Disney em diversidade, equidade e inclusão, foi reformulado e renomeado para “MyDisneyToday”. O objetivo da mudança é atrair os melhores e mais talentosos profissionais para contribuir com o sucesso da empresa.
A Disney continua considerando a inclusão como um valor essencial – ao lado de Integridade, Criatividade, Colaboração e Comunidade –, mas o memorando enfatiza o conceito de pertencimento em vez de diversidade. Além disso, o termo “equidade” foi substituído por uma referência à cultura corporativa da empresa, onde “todos podem prosperar”.
A ABC, emissora pertencente à Disney, resolveu um processo de difamação movido pelo então presidente eleito Donald Trump por US$ 15 milhões (R$ 87 milhões), além de cobrir os custos legais. O caso ocorreu depois que o âncora George Stephanopoulos afirmou repetidamente, durante uma entrevista com a congressista Nancy Mace, que Trump havia sido considerado culpado de estupro – mesmo após advertências da produção da ABC para que evitasse o termo “estupro”.
Embora alguns especialistas jurídicos acreditassem que a ABC poderia vencer a disputa no tribunal, a empresa optou por um acordo. Essa decisão ajudou a manter uma relação mais favorável com o presidente e sua administração, que agora inclui Elon Musk à frente da iniciativa de Eficiência Governamental. Musk, por sua vez, já criticou a Disney diversas vezes na plataforma X.
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