A Polícia Civil e o Ministério Público iniciaram, nesta terça-feira (17), a oitiva das pessoas presas durante a segunda fase da Operação Carcará. A investigação aponta que o ataque ao carro-forte, na região de Franca, pode ter sido planejado com, pelo menos, dois meses de antecedência.
Os alvos da força-tarefa estão entre os principais suspeitos de envolvimento, direta ou indireta, no assalto a uma empresa de valores ocorrido em 9 de setembro, na rodovia Cândido Portinari (SP-334), na região de Franca.
Eles também são investigados por uma troca de tiros, dois dias depois, na rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo a Altinópolis, na região de Ribeirão Preto, que resultou na morte do policial militar Márcio Ribeiro e de três criminosos. As ações chamaram atenção pela complexidade, planejamento e pelo uso de armamento pesado, incluindo fuzis e coletes balísticos.
Com base em informações obtidas por meio de diligências e interceptações telefônicas, a investigação aponta que o ataque à Cândido Portinari pode ter sido planejado com pelo menos dois meses de antecedência.
As conexões via satélite da rede de telefonia celular indicam que Roberto Marques Trovão Lafaeff, o primeiro a ser preso após buscar atendimento médico em uma UPA em Valinhos, região de Campinas, esteve em diversos municípios de São Paulo.
Entre 18 de julho de 2024 e o dia da prisão, 10 de setembro, ele passou por Ribeirão Preto, São Simão, Taquaritinga, o distrito de Jurucê, em Jardinópolis, além de Batatais e Restinga.
Além das prisões, a segunda fase da Operação Carcará resultou na apreensão de R$ 900 mil em espécie, nove veículos avaliados em mais de R$ 1 milhão, 500 gramas de maconha, dois computadores e 21 celulares. Também foi bloqueado judicialmente um apartamento no litoral paulista, avaliado em R$ 800 mil.
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