‘Questão política’, diz Nogueira sobre polêmica do Centro Administrativo

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Faltando apenas duas semanas para o término de seu mandato, o prefeito Antônio Duarte Nogueira Júnior (PSDB) concedeu uma entrevista ao acidade on, no qual fez um balanço de seus oito anos à frente da Prefeitura de Ribeirão Preto.

Nogueira disse que lamenta não ter conseguido concluir a construção do novo Centro Administrativo, alvo de polêmica nos últimos meses.

Eu queria entregar muito o Centro Administrativo, uma obra que demorou dois mandatos para ser implantada. Eu fiz o concurso nacional do projeto arquitetônico em 2018, que fazia parte do meu programa de governo. Depois, em 2019, eu fiz o projeto executivo. Em 2020, aprovei as leis na Câmara e depois fui fazendo a venda dos ativos imobiliários para poder montar os recursos

afirma Nogueira.

O atual chefe do Executivo também afirma que deixará a prefeitura com dinheiro em caixa para obra.

Obra polêmica

O prefeito Duarte Nogueira acredita que a construção do novo edifício trará mais celeridade para Ribeirão Preto e que a polêmica em torno do Centro Administrativo é mais uma “questão política e ideológica do que racional”.

O Centro Administrativo, é de conhecimento da cidade, que é uma obra de Estado e não uma obra de governo. Que ela demandou mais de dois mandatos e vai demandar mais um terceiro para ser concluída. Então, uma obra dessa envergadura ela só existirá se você tiver uma visão de médio e de longo prazo para não ser um capricho de um único mandatário e sim uma obra de Estado

disse Duarte Nogueira

Início das obras

A obra para construção do novo Centro Administrativo de Ribeirão Preto já recebeu a autorização da prefeitura para que possa começar. A ordem de serviço, que libera o início dos trabalhos, foi emitida no dia 25 de novembro.

O Centro Administrativo está avaliado em R$ 173,4 milhões e deve ser construído em uma área no Jardim Independência, na zona Norte de Ribeirão Preto. O projeto chegou a ser alvo de ações judiciais e o contrato para execução do serviço foi suspenso, mas foi liberado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) após recurso da Administração Municipal.

A vencedora da licitação para construção do empreendimento é a empresa H2Obras Construções Ltda, de São Paulo. O contrato de R$ 173.497.592,89 foi assinado no dia 8 de outubro.

Ricardo Silva e o futuro do Centro Administrativo

Desde o período de campanha eleitoral, o prefeito eleito Ricardo Silva (PSD) se posicionou contra a construção do novo Centro Administrativo. Ele afirma que, em sua gestão, o prédio do Executivo Municipal permanecerá no Centro da cidade.

Recentemente, o vereador Alessandro Maraca (MDB), vice-prefeito eleito na chapa de Ricardo Silva (PSD), afirmou que, caso a construção do Centro Administrativo seja mantida por Nogueira, a obra será interrompida no próximo governo.

‘Rombo nas finanças’

O prefeito Duarte Nogueira explicou que as informações divulgadas pelo prefeito eleito Ricardo Silva (PSD) estão “equivocadas” e afirmou que Ribeirão Preto encerrará o ano de 2024 com um superávit nas contas públicas, que deve variar entre R$ 70 milhões e R$ 100 milhões.

É um posicionamento de uma leitura equivocada que está sendo feita pela gestão que entra, talvez pela falta de experiência. Contra fatos não há argumentos, o boletim diário da tesouraria da última sexta-feira, 13 de dezembro, aponta que nossa conta movimento – que é fonte de recurso do tesouro disponível imediato – nós temos em depósito R$ 417.450.107,35

explica Nogueira

“Somando os recursos dos outros fundos, que também estão depositados para a Prefeitura de Ribeirão Preto, teremos mais R$ 426.926.350,80. Então, hoje, a prefeitura tem disponível um total de R$ 844.378.358,73. São dados oficiais”, finaliza.

No dia 4 de dezembro, Ricardo Silva disse que o gabinete de transição encontrou diferenças entre os gastos previstos para 2025 e os valores reservados para o próximo ano, conforme a proposta de lei orçamentária anual (LOA), e falou que a situação caracteriza um “rombo nas finanças”.

Entre os principais destaques do orçamento de 2025, estão os gastos previstos de R$ 810 milhões para a Secretaria da Saúde no próximo ano. A Lei Orçamentária Anual (LOA) destinou R$ 660 milhões dos recursos do tesouro municipal para a área, além de R$ 372 milhões provenientes de recursos vinculados, como os do SUS. Com isso, o total destinado à saúde em 2025 chega a R$ 1 bilhão.


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