O Instituto Butantan apresentou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido para registro de sua vacina contra a dengue. Após mais de uma década de pesquisas, o imunizante foi submetido para aprovação regulatória, representando um passo significativo no enfrentamento da doença que afeta milhões de brasileiros todos os anos.
Como funciona a vacina?
A vacina do Butantan é tetravalente, ou seja, oferece proteção contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. Durante os estudos clínicos, a imunização demonstrou eficácia e segurança para prevenir casos graves e hospitalizações, mesmo em locais com alta circulação da doença.
Impacto da vacina no Brasil
O Brasil é um dos países mais atingidos pela dengue no mundo. Em 2024, o país registrou aumento expressivo de casos, principalmente em períodos de chuvas intensas, que favorecem a proliferação do Aedes aegypti. Com a vacina, espera-se não apenas a redução de internações, mas também um alívio para o sistema de saúde pública.
“Esse é um momento histórico para a ciência brasileira. O Butantan trabalhou para entregar uma solução de qualidade e acessível para todos os brasileiros,” afirmou o diretor do instituto, Dimas Covas.
Próximos passos
A Anvisa deverá avaliar os dados técnicos e os resultados dos ensaios clínicos apresentados pelo Butantan. O processo de aprovação pode levar alguns meses, mas, caso o registro seja concedido, o Brasil será um dos primeiros países a contar com uma vacina pública contra a dengue.
Além disso, o Ministério da Saúde já sinalizou interesse em incorporar o imunizante ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), o que garantiria a distribuição gratuita da vacina à população.
Desafios no combate à dengue
Mesmo com a vacinação, especialistas destacam que medidas preventivas, como o combate aos criadouros do mosquito, continuam essenciais. A dengue é uma doença multifatorial, e o controle do vetor segue como estratégia prioritária.
Com a chegada da vacina, o Brasil pode dar um importante passo para reduzir os impactos dessa doença que, além de ameaçar vidas, representa um desafio de saúde pública e econômico para o país.
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