A inflação perdeu força em novembro para as famílias de renda média e baixa no Brasil, segundo levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A redução foi impulsionada pela queda nos preços de itens essenciais, como alimentos e energia elétrica.
Quedas em itens essenciais
O grupo de famílias de renda muito baixa foi o mais beneficiado, registrando um índice inflacionário de apenas 0,1% no mês. A retração nos preços de itens como arroz, feijão e óleo de cozinha, somada à redução no custo da energia elétrica, foram os principais fatores para esse alívio.
“As famílias de renda mais baixa têm uma proporção maior de gastos direcionada a alimentos e energia. A queda nos preços desses itens impacta diretamente no orçamento doméstico, oferecendo um pequeno alívio”, explicou Maria Andréia Parente, pesquisadora do Ipea.
Transporte e outros grupos pressionam menos
O estudo também apontou desaceleração nos custos com transporte, especialmente devido à estabilização dos preços dos combustíveis. Para as famílias de renda média, o índice foi de 0,12%, enquanto para as de renda alta, a inflação foi mais significativa, alcançando 0,4%, influenciada pelo aumento em serviços e bens de maior valor agregado.
Perspectivas para os próximos meses
O cenário de alívio inflacionário pode se manter no curto prazo, especialmente se as condições climáticas favorecerem a produção agrícola, e a estabilidade no mercado de energia elétrica continuar. Contudo, a alta da taxa Selic e a inflação global ainda são fatores de atenção.
A desaceleração traz um pouco de alívio para os lares brasileiros, especialmente em um momento de fim de ano, quando os gastos costumam aumentar. Para as famílias, a expectativa é de que o início de 2025 traga mais estabilidade e previsibilidade nos preços.
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