Família descobre morte de idosa quando corpo já era velado por desconhecidos

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A família de Neide Basso, de 81 anos, natural de Pontal, região de Ribeirão Preto, só soube da morte da idosa quando ela já estava sendo velada por outra família, em Cravinhos, cidade a 60 quilômetros de distância do município que a mulher morava, no último domingo (1º).

Isso aconteceu devido a um erro da Santa Casa de Ribeirão Preto, que comunicou o óbito de Neide Basso à família de Neide Rossi, de 73 anos.

Quem percebeu que o corpo que estava no caixão não era de Neide Rossi foi uma amiga da mulher há mais de 50 anos. À EPTV, Odete Oliveira dos Santos disse que olhava para o caixão, mas que não reconhecia o rosto da colega.

Assim que eu cheguei na beirada do caixão eu vi que não era ela. Chamei a namorada do Juninho, que é filho da Neide, e aí eu fui pegar o Juninho na sala do velório. Ele falou: ‘Odete, eu conheço, é minha mãe’. Eu falei: Ju, você não está enxergando, você está vendo sua mãe, mas não é sua mãe. Você me perdoa, mas eu não vou deixar fazer isso com a sua mãe. Estava chegando a hora do enterro

Odete Oliveira dos Santos

Por conta do ocorrido, a mulher procurou um funcionário da funerária e informou sobre o possível erro. Neste momento, foram conferidos o atestado de óbito e a documentação e foi confirmado que a Santa Casa havia liberado o corpo de Neide Basso para outra família.

Após o ocorrido, os familiares de Neide Rossi descobriram que a mulher está viva e segue internada no hospital.

Neide Rossi Benzi, de 73, anos, está viva. (Foto: reprodução/ EPTV)
Neide Rossi Benzi, de 73, anos, está viva. (Foto: reprodução/ EPTV)

De acordo com Gilberto Boldrin, funcionário da funerária, o corpo só foi retirado da Santa Casa depois de passar por verificações do próprio hospital, portanto, e o erro partiu da instituição.

O erro saiu de lá, de três pessoas, médico, a moça que trabalha lá e segurança. Estavam nomes diferentes [nos documentos], eram duas Neides, mas com sobrenome diferente”, diz.

Família descobriu a morte após 24 horas

A família de Neide Basso, no entanto, só descobriu o falecimento da idosa quando chegaram ao hospital para visitá-la, após cerca de 24 horas após a morte, de acordo com Daniel Basso, irmão da mulher.

O filho adotivo dela chegou na portaria para visitar a mãe e foi informado que ela havia morrido. Ele ligou para mim, eu estava no caminho, e falou: ‘tio, minha mãe está morta’. Eu falei: ‘como assim, avisaram agora’. Ele disse ‘não, morreu ontem às 14h’

Daniel Basso

Segundo o homem, um boletim de ocorrência sobre o ocorrido foi registrado e agora a família espera por justiça, para que casos parecidos não se repitam. “É um absurdo, um descaso, um despreparo, principalmente se falando em vida, que é uma coisa tão importante”, afirma Daniel.

O outro lado

Em nota, a Santa Casa de Ribeirão Preto informou que ocorreu uma inconsistência na comunicação com as famílias. Além disso, disse que se coloca à disposição para prestar esclarecimentos à família e que está oferecendo todo o acolhimento necessário.

“A instituição reforça seu compromisso e se coloca à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos à família, oferecendo todo o acolhimento necessário, suporte e assistência. Além disso, informa que uma análise interna detalhada foi iniciada para a apuração dos fatos”.


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