Sinfônica encena ‘Madama Butterfly’  – Tribuna Ribeirão

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No ano do centenário de morte de Giacomo Puccini (1858-1924), a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto apresenta mais uma ópera do compositor italiano, no Theatro Pedro II pela série Concertos Internacionais. Depois de “Suor Angélica”, ou “Irmã Angélica” em português, a Osrp levará ao palco “Madama Butterfly”, neste final de semana, dias 22 e 23 de novembro, sábado e domingo, às 19 horas, com regência do maestro titular Reginaldo Nascimento.

A montagem com quatro atos conta com participação especial do Coro da Orquestra Sinfônica e solistas renomados. A apresentação da ópera “Madama Butterfly” no Theatro Pedro II é um espetáculo cênico-musical belo e grandioso, ressaltando a música erudita do mundo. Tem o apoio do Ministério da Cultura, Associação Musical de Ribeirão Preto, Cia Sol´Ópera e Fundação Pedro II.

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A preparação do coro da Orquestra Sinfônica coube a Snizhana Drahan. Os solistas são Tamara Pereira (Cio-Cio-San), Alan Faria (B. F. Pinkerton), Cristina Modé (Suzuki), Wladimyr Carvalho (Sharpless), Vinícius Simião (Goro), Fernando Munhoz (Bonzo), Igor Lourenço (Comissário Imperial), Carla Barreto (Kate Pinkerton), Brenda Grigol (Madre), Daphne Oliveira (La Zia), Bruno Assis (Yakuside), Mario Cenedesi (Uffciale), Carla Barreto (Cugina).

A ópera de Puccini estreou em 17 de fevereiro de 1904, no Teatro Alla Scala, em Milão, Itália, com libreto de Luigi Illica(1857-1919) e Giuseppe Giacosa (1847-1906), baseada no drama de David Belasco (1853-1931), o qual por sua vez se baseia numa história escrita pelo advogado norte-americano John Luther Long (1861-1927).

Entre as óperas mais famosas e mais interpretadas de Giacomo Puccini também estão “La bohème”, “Tosca” e “Turandot”. Algumas das árias de suas obras, como “O Mio Babbino Caro” de “Gianni Schicchi”, “Che gelida manina” de “La Bohème” e “Nessun dorma” de ”Turandot” tornaram-se parte da cultura popular.

Sinopse – Cio-Cio-San, uma gueixa de quinze anos, casa-se de um dia para outro com soldado americano B.F. Pinkerton, um tenente da Marinha enviado temporariamente ao Japão. Esse casamento é levado muito a sério pela jovem japonesa, que nega sua família e sua religião, mas é apenas um simples entretenimento exótico para Pinkerton, que desaparece por três anos, enquanto ela espera um filho dele.

“Madama Butterfly” ressalta o declínio social e o empobrecimento que ocorrem na vida de Cio-cio-san, para dar visibilidade aos aspectos socioculturais que provocam o crescente sofrimento da protagonista e o desfecho trágico da história, bem como o machismo que ela sofre de ambas as culturas – a japonesa e a americana – e o racismo explícito de Pinkerton, para quem o casamento nada mais é do que um simulacro.

O marinheiro americano anuncia que vai se casar com uma “real esposa americana”. Butterfly não é considerada humana o suficiente para ter o respeito e o amor de sua família e de Pinkerton e, portanto, é abusada repetidamente. Outro aspecto explorado  é chamado de “a tragédia anunciada”. Desde o início do primeiro ato, o público compreende a situação de risco em que se encontra Butterfly, a quem ela mesma subjuga deliberadamente.

Não apenas casando-se com Pinkerton, mas convertendo-se ao cristianismo e assumindo cegamente que o casamento é real e que ela é amada e respeitada por ele. Butterfly acaba soterrada pela ignorância de todos aqueles que lhe eram próximos, exceto a fiel e muito humana Suzuki.

Reginaldo Nascimento – O maestro Reginaldo Nascimento é titular da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Formado em Música pela Universidade de São Paulo (USP) Ribeirão Preto, tem atuado como regente convidado na Europa e Estados Unidos, com destaque para Filarmônica de Murmansk, MAV Symphony e Radom Orkiestra Kameralna.

Também atuou à frente da Sonoma County Philarmonic e Lousiana Chamber Orchestra. No Brasil, colaborou com a Orquestra Jovem do Estado. Recebeu a medalha de Honra ao Mérito Carlos Gomes e faz parte das academias de Música de São Paulo e do Brasil.

A Orquestra Sinfônica – A Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto completou 100 anos em 2022. Idealizada em 1921 por Max Bartsch, realizou seu primeiro concerto em 1922, no Teatro Carlos Gomes. É mantida, desde 1938, pela Associação Musical de Ribeirão Preto, entidade sem fins lucrativos, fundada por músicos e abnegados. Tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial do povo ribeirão-pretano através da lei n° 14.338, de 24 de maio de 2019.

 

Balanço – A Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto se apresenta com as séries Concertos Internacionais, Ensaio Aberto, Juventude tem Concerto, Músicas Solidárias, Projeto Tocando a Vida, Ciranda Sinfônica, Música nas Igrejas e Concertos Especiais em concertos, óperas e apresentações do coro e grupos de metais, cordas, sopro ou percussão.

Concertos – Desde sua fundação, a Osrp já apresentou mais de 1.500 concertos realizados. Nos últimos anos, gravou quatro CDs: “Mozart e Beethoven”, “Coletânea” de obras consagradas do repertório sinfônico, “Jobim Sinfônico – do violão à orquestra” e “Clássicos Natalinos”, este lançado em dezembro de 2011 com participação dos coros. No que diz respeito às montagens de ópera, a Osrp executou obras de grandes compositores.

Atualmente, a batuta é comandada por Reginaldo Henrique Nascimento, maestro titular desde 2019. A Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto tem violinos, tuba, contrabaixos, tímpano, violas, flautas, oboé, trompa, clarineta e fagote.

Ingressos – Os ingressos custam R$ 140 (plateia, frisa e balcão nobre filas A e B), R$ 120 (balcão nobre, primeiro andar) e R$ 40 (balcão simples, segundo andar, preço único, antecipado). A meia-entrada sai por pagar R$ 70 e R$ 60 para os outros setores, respectivamente. Associados e colaboradores da Associação Comercial e Industrial (Acirp) e do RibeirãoShopping pagam meia, segundo o site do Pedro II.

Estão à venda no site Mega Bilheteria (www.megabilheteria.com). O Theatro Pedro II informa que não é permitido crianças menores de 12 anos na fila A dos setores balcão nobre e balcão simples, por determinação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), devido a altura do guarda corpo.  Ingressos para cadeirantes são destinados ao setor frisa do teatro.

Não será permitida a entrada após o início do espetáculo, não havendo troca de ingresso e nem devolução do dinheiro. Para melhor conservação do Theatro Pedro II é proibido o consumo de bebidas e alimentos dentro das salas de espetáculos.

O Theatro Pedro II fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pessoas, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1.300 lugares. Porém, vai disponibilizar cerca de 1.200 poltronas.

O telefone para mais informações é (16) 3977-8111. O espetáculo de sábado não é recomendado para menores de 12 anos, que podem participar acompanhados dos pais. Na manhã de domingo a censura é livre, sem restrição de idade. O espaço é o terceiro maior teatro de ópera do Brasil. O uso de máscara é opcional.
Serviço
Série: Concertos Internacionais
Espetáculo:  “Madama Butterfly”
Autor: Giacomo  Puccini (1858-1924)
Com: Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e solistas
Regência: maestro  Reginaldo Nascimento
Sessões
– Sexta-feira, 22
de novembro
– Sábado, 23
de novembro
Horário: 19 horas
Classificação: 12 anos
Onde: Theatro Pedro II
Endereço: rua Álvares
Cabral nº 370, Centro
Capacidade: 1.200 lugares
Ingressos
Plateia, frisa e
balcão nobre
filas A e B
R$ 140 (inteira)
e R$ 70 (meia)
Balcão nobre
(1º andar)
R$ 120 (inteira)
e R$ 60 (meia)
Balcão simples
(2º andar)
R$ 40 (preço
único) 
Vendas: guichê do teatro e site 
www.megabilheteria.com
Bilheteria: a partir das 14 horas
Informações: (16) 3977-8111 ou
www.theatropedro2.com.br
 

 



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