El Príncipe Negro: Conheça o músico de jazz internacional que fez história em Ribeirão Preto

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Ribeirão Preto abriga a história de um importante músico: Euclydes de Araújo Senna, também conhecido como “El Príncipe Negro“. O artista é homenageado na rua El Príncipe Negro, no bairro Presidente Dutra e sua obra e história já foi tema de exposição no MIS (Museu da Imagem e Som) de Ribeirão Preto.

Embora seja reconhecido internacionalmente, a trajetória de El Príncipe Negro ainda é pouco conhecida em Ribeirão Preto. De acordo com o pesquisador e músico Alexandre Gonçalves Peres, que desenvolveu o trabalho de pesquisa no acervo do MIS, esse esquecimento foi afetado por diversos fatores, inclusive o preconceito racial.

Quem foi o Príncipe Negro?

Nascido em 1901, em Cravinhos, Euclydes foi um músico polivalente, além de maestro, dançarino e cantor. Ele se destacou pelo talento no saxofone e desempenhou um papel pioneiro ao promover a música brasileira na América Latina, em especial o samba e o choro.

De acordo com Alexandre, quando criança, El Príncipe trabalhava em uma barbearia, onde o dono, o incentivava muito a estudar música. Assim, Euclydes entrou para a banda 2 de Abril, de Cravinhos, onde tocava caixinha, mas logo passou para o clarinete.

O saxofone

Na época, as bandas de jazz americanas ganhavam destaque na música. Devido a popularidade, Euclydes conheceu e se encantou pelo saxofone. Porém, o instrumento era muito caro por ser muito recente no Brasil.

Embora fosse de família humilde, a mãe do músico, o dono da barbearia e um amigo da família de Príncipe se juntaram e conseguiram comprar um saxofone, que veio de Paris-FRA para as mãos de Euclydes.

O músico se dedicou ao instrumento, mesmo sem um instrutor específico para ele. A relação de Euclydes com o saxofone foi bem vista, o que o levou até a sua participação na banda de jazz de Ribeirão Preto, a Bico Doce.

Pixinguinha e os Batutas

El Príncipe foi reconhecido pelo mestre Pixinguinha, que o contratou para fazer alguns trabalhos no Rio de Janeiro, onde ele integrou temporariamente o grupo Os Oitos Batutas.

Pixinguinha foi responsável pela jornada de Euclydes em Paris, onde viveu durante quatro anos. Quando retornou ao Rio de Janeiro, o músico montou a Orquestra Brazilian Delvi’s. Desde então, ele embarcou sua jornada pelo mundo, conquistando prestígio e prêmios por onde passava.

El Príncipe Negro

Em uma de suas viagens, Euclydes ganhou carinhosamente o apelido de “El Príncipe Negro”, no México, ao conquistar o terceiro lugar em um importante concurso internacional de saxofonistas.

Relação com Ribeirão Preto

Em 1960, o músico voltou a morar em Ribeirão Preto, cidade onde realizou um de seus sonhos: ser maestro de uma banda de crianças e passou a dar aulas na Escola Educandário. Em 1971, ganhou o título de “Cidadão Café da Alta Mogiana”, concedido pelo o então prefeito Antônio Duarte Nogueira.

Em 1972, após retornar de uma participação no programa de Fábio Cavalcante, Euclydes recebe uma grande aclamação pública. O artista faleceu em 1976 e está sepultado no cemitério da Saudade.

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