O cantor Cauê Felici Muniz dos Santos, de 34 anos, morreu em um acidente de carro na rodovia Washington Luís (SP-310), em Araraquara, no interior de São Paulo, na madrugada de sábado (16), aos 34 anos.
Cauê foi diagnosticado com câncer aos 18 anos, e estava curado – saiba mais abaixo.
Segundo as informações do acidade on Araraquara, Cauê dirigia seu Fiat Palio no sentido interior-capital, quando um VW Gol – que vinha no sentido contrário – invadiu a pista e colidiu frontalmente com seu veículo.
O cantor ficou preso às ferragens e foi socorrido em estado grave para a Santa Casa de Araraquara, contudo, não resistiu aos ferimentos.
Diagnóstico de câncer
Em 2009, aos 18 anos, Cauê recebeu o diagnóstico de linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer ligado ao sistema imunológico.
Nascido em Santo Anastácio, interior de São Paulo, Cauê descobriu a doença quando buscou tratamento médico para o que pensava ser uma tuberculose. Um exame de raio-X foi realizado e mostrou uma mancha grande, identificada como o linfoma, conforme explicou o cantor em relato ao g1 em 2018.
O linfoma de Hodgkin é uma câncer ligado ao sangue, semelhante à leucemia, mas que surge no sistema linfático. Este é responsável por coletar e redirecionar para o sistema circulatório o líquido chamado linfa, contendo os linfócitos ou glóbulos brancos, nossas células de defesa.
O tratamento durou mais de um ano. Na época, Cauê cursava educação física na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente, e a família se mudou para São Carlos, para facilitar o processo. Ele enfrentou seis meses de quimioterapia, que reduziu o tumor pela metade, mas as células cancerígenas continuavam ativas.
Então, foi realizado um autotransplante de medula óssea. Nesse tipo de procedimento, chamado de transplante autólogo, células-tronco do próprio paciente são removidas e armazenadas antes da quimioterapia ou radioterapia. Depois do tratamento, essas células são reintroduzidas na pessoa.
Cauê começou a carreira musical cantando na Igreja Católica, em 2008. Em 2013, já curado do câncer, voltou para a música e montou a Banda Aurora. Dois anos depois, foi aceito no curso de educação física na UFSCar.
Além de educador físico, ele cantava em bares e eventos aos fins de semana, e estava investindo na carreira de ator.
*Com informações da Agência Estado
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