No começo do mês de outubro, o TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) decidiu que a Prefeitura de Ribeirão Preto deveria executar as obras de reconstrução, reconstituição, recuperação e restauração do Palacete Albino de Camargo.
O local, que se encontra em ruínas no Centro do município, pertenceu ao ex-prefeito Albino de Camargo Neto, que ocupou o cargo de chefe do executivo em novembro de 1930 – atualmente, o imóvel é de propriedade particular.
Após a decisão, a Administração disse que analisava a sentença, uma vez que ela “ainda está no prazo de eventual apresentação de recurso em face da sentença”. Em nota encaminha ao portal acidade on, o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) informou que “aguarda o decurso do prazo recursal para iniciar o cumprimento de sentença e garantir a efetividade da decisão”.
Com a possibilidade de o local passar por uma restauração, assim como aconteceu com o Palacete Camilo de Mattos, algumas dúvidas sobre como seria esse trabalho surgiram.
Entenda como podem ser realizadas as obras no local
De acordo com José Roberto Romero, engenheiro, professor e diretor da AEAARP (Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto), na atual situação em o palacete se encontra, fazer a restauração do local pode não ser a ideia mais viável.
O retrofit é uma técnica de revitalização de edifícios antigos e consiste em adaptá-los para necessidades atuais. A prática é muito comum e foi utilizada, por exemplo, no Edifício Martinelli, em São Paulo.
Ainda de acordo com o diretor da AEAARP, o local também pode passar por um restauro parcial, “desde que sejam analisadas as manifestações patológicas da estrutura, para estudar a situação e estabilidade das peças remanescentes”.
Um trabalho semelhante, citado por José Roberto, foi realizado na igreja Santo Antônio Pão dos Pobres, na zona Norte de Ribeirão Preto.
O Palacete
O casarão que fica na rua Visconde de Inhaúma, 241, no Centro da cidade, foi tombado pelo CONPPAC, em 2008, e pertenceu ao ex-prefeito Albino de Camargo Neto, que ocupou o cargo de chefe do executivo em novembro de 1930.
Por conta do abandono, o Palacete foi tomado pela vegetação e possui uma grande quantidade de lixo e entulho. O prédio histórico vem sendo danificado pela ação do tempo e atos de vandalismo.
Em junho de 2024, o portal acidade on questionou a Prefeitura sobre o estado de abandono e possíveis estudos para revitalização, contudo, a Secretaria da Cultura e Turismo informou que o prédio é particular e que incentiva os donos de imóveis tombados a restaurarem o local.
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