O seminário “Economia do Audiovisual e Interseccionalidades” realizado em São Paulo se tornou um importante fórum de debate sobre o futuro do setor audiovisual no Brasil, com foco especial na regulamentação das plataformas de streaming e na inclusão de grupos historicamente marginalizados no setor.
O evento, promovido pelo Ministério da Cultura e marcado pela participação de figuras importantes, como a ministra Margareth Menezes e o vice-presidente Geraldo Alckmin, destacou a urgência de adaptar o mercado audiovisual às novas tecnologias, como o streaming, sem comprometer a produção de conteúdo nacional. Um dos pontos mais discutidos foi a criação de uma regulamentação que proteja os direitos de criadores locais e incentive a diversidade de conteúdo nas plataformas.
Além da regulamentação do streaming, outros temas como a digitalização e preservação de filmes brasileiros clássicos e a implementação de políticas de inclusão para negros, indígenas, e outros grupos sub-representados no setor audiovisual foram amplamente debatidos. Essa abordagem visa não apenas a expansão econômica do setor, mas também sua democratização, garantindo que vozes de todas as regiões e origens possam ser ouvidas.
A ministra Margareth Menezes reforçou a importância de pensar em estratégias que favoreçam a produção cultural brasileira, não só no mercado interno, mas também em âmbito internacional. “O audiovisual é uma das principais formas de expressão artística do Brasil e precisa ser preservado e expandido com responsabilidade e visão de futuro,” afirmou.
Outro ponto central do seminário foi o incentivo à criação de leis que assegurem a distribuição justa de receitas para criadores nacionais, além de permitir que novos talentos entrem no mercado de trabalho com mais facilidade. A parceria entre o governo e o setor privado foi vista como essencial para criar um ambiente mais equilibrado e inclusivo, promovendo tanto o crescimento econômico quanto a diversidade de vozes na produção cultural.
Com uma presença expressiva de profissionais do setor, o evento se consolidou como um marco para o fortalecimento da indústria audiovisual no Brasil, levando em conta as transformações tecnológicas e a necessidade de equidade.
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