O recorde de abstenção no 2º turno das eleições 2024 e a incapacidade de mobilizar eleitores contribuíram para o resultado nas urnas diferente do apontado pela pesquisa divulgada no sábado (26), afirma Felipe Nunes, diretor do Quaest.
No levantamento publicado às vésperas da votação, Ricardo Silva (PSD) aparecia com 57% e o adversário dele, Marco Aurélio (Novo), tinha 43%. No entanto, o resultado se mostrou um pouco diferente disso.
Nesta segunda-feira (28), Felipe Nunes disse em entrevista à EPTV que Ribeirão Preto registrou um número alto de pessoas que não compareceram às urnas e que a maior parte do eleitorado que deixou de votar é de baixa renda, população que dava grande vantagem ao candidato Ricardo Silva.
Desde o 1º turno, a gente vem chamando a atenção para o fato de que há um aumento considerável no Brasil inteiro do padrão de abstenção, que é essa escolha que o eleitor faz cada vez mais no Brasil, mesmo o voto sendo obrigatório, de não ir votar. E no caso de Ribeirão Preto, essa variável foi decisiva para essa mudança de expectativa em relação ao resultado, o fato de o candidato Marco Aurélio conseguir chegar muito mais próximo do que era imaginado ali na véspera
Felipe Nunes, diretor do Quaest
Ribeirão Preto registrou a disputa mais acirrada de sua história e uma das mais apertadas do país. Ricardo Silva teve 131.421 votos – 50,13%, enquanto Marco Aurélio obteve 130.734 votos – 49,87%. Apenas 687 votos de diferença.
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