Samuel Bernardino, contratado pela Innove Química para o serviço de descarga de tambores carregados com clorito de sódio que explodiram na semana passada em Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto disse que a empresa pagaria R$ 200 a ele e aos outros funcionários terceirizados.
Em entrevista à EPTV, Samuel contou que seu pai, Aparecido Olímpio Bernardino, que morreu na na última quarta-feira (16), trabalham como chapas e foram chamados para o serviço no dia da explosão.
“Perdi meus amigos, perdi meu pai, cada um estava ganhando R$ 200, R$ 200 perder a vida, pagar R$ 200 pra levar o pão de cada dia pra casa é duro. E aí a família em casa achando que o marido ou alguém vai chegar com o dinheiro pra comprar alimento pra por dentro de casa e, de repente, chega o vizinho dizendo que morreu. E não chega dinheiro, não chega marido, só chega decepção, dor, morte. É duro isso”, afirma Samuel.
Segundo o funcionário, as primeiras explosões vieram do lado de dentro da fábrica.
“Vi de longe o fogo vindo pra nós, queimando nós diretamente. Foi ‘corre, corre, Rogério, corre, gente, deixa tudo pra trás’. Nem todos nós tiveram a sorte de correr e não se queimar, infelizmente três de nós não conseguiram”, conta.
Além de Aparecido, Estevão Felisberto Campanini, também morreu por conta das queimaduras causadas pelo acidente.
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