Lotéricas da região de Ribeirão são alvos de operação que envolvem Deolane Bezerra

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Duas casas lotéricas de Franca e uma de Batatais, cidades na região de Ribeirão Preto, estão sendo investigadas na Operação Integration, que envolve os nomes da influenciadora Deolane Bezerra e do cantor Gusttavo Lima.

A operação foi deflagrada no começo do mês de setembro e investiga uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões em esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar.

Deolane Bezerra chegou a ser presa, porém, teve a prisão preventiva revogada nesta segunda-feira (23). Gusttavo Lima teve um mandado de prisão expedido contra ele no mesmo dia, contudo, foi revogado nesta terça-feira (24).

Conforme o inquérito policial, as lotéricas Sorte Grande e Caçula, localizadas em Franca, e Pupins, em Batatais, estariam envolvidas no esquema.

Lotéricas de Franca e Batatais

Dayse Henrique Tavares da Silva é a investigada que liga a Operação Integration a região de Ribeirão Preto. Ela é irmã de Darwin Henrique da Silva, proprietário da casa de apostas Caminho da Sorte, uma das empresas investigadas.

De acordo com o processo, a mulher é representante de uma empresa chamada Meg Sorte Grande Loterias, localizada em Franca , que movimentou entre junho e julho de 2022 mais de R$ 6 milhões a crédito e mais de R$ 6 milhões a débito.

A polícia afirma que houve transações de milhares de reais envolvendo as lotéricas Caçula e Pupins, de Franca e Batatais, respectivamente.

As autoridades ainda citam que a Meg Sorte, empresa em que Dayse aparece como representante, também movimentou, em agosto de 2022, mais de R$ 3 milhões de reais a débito e mesma quantia a crédito, sendo que esses valores foram distribuídos de novo às lotéricas.

A conclusão, portanto, é de que as movimentações sugerem burla a identificação da origem, destino e valor total dos recursos transacionados.

Ainda de acordo com o documento, para a Polícia Civil de Pernambuco, ao que tudo indica, Darwin utilizou-se da irmã [Dayse] na lavagem de capitais oriunda da infração do jogo do bicho.

Bloqueio judicial

Ainda conforme o processo, a Meg Sorte e a própria Dayse tiveram R$ 10 milhões bloqueados. Já as casas lotéricas Caçula e Pupins tiveram R$ 5 milhões bloqueados cada.

Na justificativa do bloqueio, entre outros pontos, consta que há indícios suficientes do cometimento do crime de lavagem de capitais e que, diante de tais indícios, entende cabível, o bloqueio.

O que dizem os envolvidos

À EPTV, o advogado Ademar Rigueira Neto, que defende a investigada Dayse Henrique da Silva, disse que sua cliente estava em viagem internacional quando a Operação Integration foi deflagrada e, na data de ontem, a ilegalidade do decreto de prisão foi reconhecida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Já a advogada Maria Claudia Seixas, que representa Gelson Jorge, dono das lotéricas em Franca e em Batatais, nega qualquer tipo de fraude e afirma que a investigação cometeu “um equívoco lamentável, que está sendo devidamente comprovado nos autos”.

*Com informações da EPTV


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