Confira o que João Rocha disse na entrevista da série entre os candidatos à Prefeitura de Franca

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O acidade on Ribeirão realiza nesta semana uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Franca nas eleições 2024. Nesta quarta-feira (11) o entrevistado foi o empresário João Rocha (PL) – veja o player acima.

A sequência de entrevistas foi definida por ordem alfabética. Cinco candidatos serão sabatinados por 12 minutos. No sábado (14), o candidato terá 8 minutos de entrevista ao vivo. Outros candidatos na disputa terão entrevistas de 2 minutos veiculadas.

Entre as propostas para a habitação, está a de desenvolver núcleos habitacionais nos chamados vazios urbanos. Como seria isso e com quais recursos?

  • Essa proposta é uma proposta simples e você vai ver que todas as nossas propostas de governo nós estamos chamando sempre as parcerias de empresários, as parcerias de todas as instituições que possam estar envolvidas. Já existe há muito tempo uma legislação que nós podemos mudar a destinação de áreas vazias na cidade. Áreas que são ociosas, que estão paradas. Franca, para quem não sabe, deve ter hoje cerca de vinte alqueires de áreas públicas desocupadas, sujas, desleixadas e sem zeladoria. Essas áreas estão dentro de bairros bons que podem o quê? Serem transformadas em áreas que nós podemos transformar, comercializar, chamar numa parceria o empresário que queira vir conosco. Para quê? Para entender a necessidade, o anseio da casa própria que hoje temos na nossa cidade. E vou dizer que já fizemos isso. Na época que eu era vice-prefeito e assumi a prefeitura algumas vezes, duas áreas nós construímos: uma no Jardim Noêmia e outra no Jardim Primavera. Nós construímos nessas áreas cerca de 40 casas e entregamos essas casas com 60 dias. Ao invés de fazer um núcleo habitacional de mil casas, que a primeira fica pronta hoje a última com 6 anos, com 60 dias nós vamos está entregando casas, chamando o empresário para participar conosco e dando ao pessoal que aspira a casa própria a chance de morar bem e morar de forma digna.

O recurso, então, viria da iniciativa privada?

  • Também, sim. A prefeitura disponibiliza, pode até vender as áreas, nós temos empresários que querem investir na cidade. O que nós precisamos é chamar esse empresário, não podemos empurrar o empresário para fora, nós temos que trazer o empresário para dentro. Esse é o propósito nosso com o plano de governo.

Para a segurança pública, o seu plano e governo cita “priorizar atenção à microcriminalidade, geralmente associada ao tráfico de drogas”. Como seria? Quem seria o responsável por gerir essa ação?

  • E hoje já não é em Franca, desculpa, a microcriminalidade. Já virou macrocriminalidade. Nós temos visto lá para todo lado assaltos de toda natureza, o pessoal do comércio central, das áreas onde nós temos comércio. Temos comerciantes lá que já foram assaltados seis, sete vezes num curto período. Então nós temos que reprimir isso, apertar a vadiagem, apertar a criminalidade, ir pra cima do pessoal da receptação, porque o produto do crime ele só é comercializado se alguém receptar. Então temos que apertar isso e não ter dúvida de fazer isso não. Por exemplo, no centro da cidade nós temos uma área que é ocupada hoje pela Esac, nós vamos tirar a Esac de lá, para ficar num lugar decente e vamos por ali uma base da Polícia Militar. O nosso centro virou um inferno. A população que convive ali já não vai mais a nossa praça central, os comerciantes não têm paz e não é só lá não, é na estação, é na avenida Brasil, é em todas as áreas que a vadiagem e a criminalidade está ampliando e nós não temos dúvidas, vamos chamar o pessoal da Polícia Militar, o comando, vamos melhorar as condições da nossa Guarda Municipal e vamos apertar sim a vadiagem e a criminalidade.

A Guarda Municipal seria responsável por gerir esse combate à criminalidade?

  • Não, a gestão seria uma gestão conjunta, certo? Claro que nós não podemos dispensar a ação da nossa Polícia Civil, da nossa Polícia Militar e, claro, somar com a nossa Guarda Municipal, um secretario de Segurança nosso que vai ter que falar a nossa linguagem e que vai ter que fazer aquilo que a cidade precisa que seja feito.

O seu plano de governo cita “acolher, apoiar, e incentivar” o programa de escolas cívico-militares, que por enquanto está suspenso no estado de São Paulo. Como seria isso na prática?

  • Na verdade, teve um momento desses que o governo do estado, esse programa que você está dizendo suspenso, em que foi indicado a possibilidade de uma escola para Franca. E, eu vou dizer, é um modelo de escola. E tudo que for educação, para nós que entendemos, eu que fui professor muito tempo, tudo que for educação nós queremos de trazer para Franca. Se ela for escola cívico-militar, se for escola religiosa, se for escola de qualquer natureza, se for educação de qualidade e nós pudermos oferecer para nossa população, nós vamos buscar. Vamos somar esforços. Se nós tivermos empresários da educação, vamos dizer, particular, que queira estar trabalhando em Franca, por que não fazer? De toda natureza, nós temos que trabalhar e claro, nós temos o nosso funcionário publico, a nossa educação própria, a nossa creche e vamos olhar isso com carinho e incentivar os nossos professores e dar aos nossos alunos da nossa rede, o que? Uma melhor merenda, uma melhor condição de escola para que nós tenhamos no futuro uma população que não vá para criminalidade, uma população que não vá para vadiagem. É o aspecto que nós falamos, vamos preparara nossa cidade em todos os sentidos para uma cidade de 600, 700 mil habitantes.

Na área de promoção social, está prevista uma readequação do Centro Pop de Franca. Por que ele seria readequado e como isso deverá ocorrer?

  • Na verdade é o seguinte. Para aqueles que não sabem, o Centro POP é um porograma do Governo Federal em parceria com o governo municipal. No modelo em que está lá, isso não interessa para nós. Nós vamos romper esse programa com o Governo Federal. Por quê? Ali está instalado o quê? O que eu acabei de dizer. A vadiagem, a criminalidade, porque já tivemos crime lá do lado, tentativa de homicídio, já temos boletim de ocorrência, porque nós temos um dossiê sobre o Centro POP, dizendo que lá dentro foi encontrado material roubado. Lá, do lado de fora do Centro Pop, nós temos fogueiras às 2h para frente, imensas. Um cheiro danado de borracha. Sabe por quê? Porque lá estão queimando a fiação, que roubaram da meia-noite às 2h, para fazer o cobre e vender na biqueira no dia seguinte. Então, essa vadiagem nós não podemos. Nós temos que tirar essa pessoal do assistencialismo e levar para uma situação de promoção social.

Como seria isso?

  • Nós vamos criar um programa, se for o caso, municipal, de fazer que isso aconteça de forma efetiva. Continuar mantendo o assistencialismo? No nosso governo não ter. E a população já entendeu isso, e a população está do nosso lado e nós vamos ganhar a eleição.

Na área da saúde, a sua proposta é realizar parcerias com pequenas clínicas para reduzir as filas de espera. Como seria essa parceria e quais áreas da saúde seriam contempladas?

  • A saúde hoje é dividida em dois grandes campos. Nós temos a saúde básica, que é o cuidado do município. Seria as nossas UBSs, as nossas UPAs, os nossos pronto-socorros, que vai cuidar daquelas situações menos complexas. E nós temos a saúde de alta complexidade, que são as cirurgias, as internações, que é problema do SUS, que é administrado pelo SUS. E o SUS hoje compra esses serviços do Grupo Santa Casa, que seriam os leitos, as internações, as cirurgias. Para você ter ideia hoje, quando eu falo das parcerias, isso é muito importante. O prefeito tem uma briga instalada com a Santa Casa. Ou seja, ele não está buscando parceria. Ele está buscando o embate, ele está buscando uma discussão que não leva ninguém a nada. Ele está deixando gente nossa lá com cinco dias, seis dias, deitada na cama esperando por uma internação. Agora a nossa deputada Graciela, que é minha parceira na campanha, conseguiu R$ 3 milhões para compras de cirurgias eletivas. Ele está comprando cirurgia eletiva fora de Franca. Uma pessoa que já não tem condição de fazer uma cirurgia eletiva, ele tem que sair da cidade para fazer essa cirurgia, levar um acompanhante, que situação é essa? Eu tenho que buscar o parceiro dentro da cidade. E esse parceiro pode ser o Hospital Regional, pode ser a Unimed, pode ser as clínicas menores, vai ser também a Santa Casa, o que eu preciso e a administração precisa é resolver o problema de saúde. E isso nós vamos resolver na nossa administração.  

Você já fez algum tipo de tratativas com essas entidades?

  • Se tem uma coisa que nós sabemos fazer, graças a Deus, é conversar e ouvir. Nós vamos, já estamos fazendo e vamos continuar fazendo, não só com essas entidades. Eu não sei se você percebeu, todas as nossas ações, seja elas na área de cultura, na área de educação, nós vamos envolver a cidade como um todo, vamos envolver o funcionalismo, vamos envolver os nossos deputados, para que nós tenhamos um resultado efetivo em termos de administração.

Entre as propostas, também está a de implantar um Parque Tecnológico em Franca? De onde viriam os recursos e em quanto tempo é a previsão para início das atividades?

  • Nós temos que olhar a nossa economia como um todo. Nós temos um problema sério lá com a nossa indústria calçadista, que nós tínhamos cerca de 33 mil empregos diretos, agora temos cerca de 13 mil. Mas, graças a Deus, nós temos outros setores. Por exemplo: como a lingerie, como a indústria alimentícia, indústria de T.I., a indústria de cosméticos, isso tem desenvolvido muito na nossa cidade e junto com a indústria de tecnologia. O que que nós temos que fazer? Temos lá um pavilhão, que é o antigo pavilhão da Francal, que a última reforma foi feita na nossa administração, em 1992, vamos reformá-lo, vamos instalar lá um pavilhão de feiras, e ter lá áreas para que esse pessoal da tecnologia possa trabalhar, desenvolver e trazer para Franca, não só geração de empregos, trazer geração de tecnologia, trazer riquezas, trazer aquilo o que a cidade precisa para avançar e ser, de verdade, cidade grande.

Regras das entrevistas

Foram convidados para as entrevistas presenciais os candidatos com partidos que têm representação na Câmara dos Deputados, como são os casos do MDB, PSOL, PL, PSB e PT, que terão 12 minutos nas entrevistas. O Novo também tem representação, mas é um dos partidos que não alcançaram a cláusula de barreira, e terá 8 minutos na entrevista.

Já o PCO, Mobiliza e PCB não têm representatividade na Câmara dos Deputados. O espaço também será aberto para essas legendas, mas em entrevistas gravadas de 2 minutos.

Próximas entrevistas

  • 12/9 – Marco Aurélio Ubiali (PSB)
  • 13/9 – Mariana Negri (PT)
  • 14/9 – Alexandre Tabah (Novo)

SAIBA MAIS

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