Professor da USP é afastado do HC de Ribeirão após denúncia de transfobia

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O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC) afastou por 180 dias o professor Jyrson Guilherme Klamt, denunciado por transfobia depois de ofender duas alunas travestis em novembro de 2023.

A decisão do hospital foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo na segunda-feira (5). A medida foi aplicada em tom punitivo, portanto, Jyrson não poderá exercer nenhuma atividade clínica no hospital. Em caso de reincidência, a penalidade pode ser mais severa.

Acho que tem um peso muito grande, uma força muito grande, um recado muito grande, de impunidade não tem mais espaço. As pessoas não podem, a partir do cargo delas, falarem o que quiserem, invadirem o seu espaço, apontarem o dedo e te ameaçarem, simplesmente porque elas tem essa falsa crença de estão impunes

Stella Branco, aluna envolvida no caso

Apesar da decisão do HC, a denúncia de transfobia ainda é avaliada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

Em nota encaminhada a EPTV, a diretoria da instituição informou que apura o caso internamente e que possíveis medidas cabíveis só serão tomadas depois que esse trabalho terminar. A faculdade ainda reformou sua posição “a favor do respeito, do pertencimento e da inclusão”.

Relembre o caso

Na época do ocorrido, as duas mulheres, que são as primeiras alunas travestis do curso medicina, disseram que foram ameaçadas e ofendidas pelo professor.

O caso aconteceu um dia após a universidade implantar o uso livre dos banheiros de acordo com o gênero com o qual a pessoa se identifica. De acordo com Louíse Rodrigues e Silva, o docente teria sido debochado e irônico ao falar sobre a inauguração do banheiro.

Ele perguntou diretamente para mim qual banheiro eu iria utilizar a partir de agora. Nesse momento eu devolvi perguntando para ele qual banheiro ele achava que eu deveria utilizar. Nisso ele não respondeu a minha pergunta e voltou a falar o quão absurdo ele achava pessoas trans poderem usar o banheiro de acordo com o gênero que se identificam e que a faculdade já não era mais a mesma

Louíse Rodrigues e Silva

Mesmo após ter rebatido o docente, Louíse diz que as agressões verbais continuaram, até o momento em que viraram ameaças. “Ele se manifesta dizendo que se a gente usasse o banheiro em que a filha dele estivesse presente, a gente sairia de lá morta”.

Stella Branco estava presente no momento do ocorrido e conta que ao perceber a gravidade da situação, defendeu a amiga.

“Esse professor tem comportamentos bem problemáticos, envolvendo falas que atacam inúmeras minorias ao invés de dar o conteúdo da disciplina dele, que é o que ele é pago para fazer ali, com dinheiro público”, disse Stella.

Na época, um boletim de ocorrência foi registrado por ameaça e injúria racial.

(com informações da EPTV)


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