Prédios históricos: Palacete Albino de Camargo está em ruínas no Centro de Ribeirão Preto

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O Palacete Camilo de Mattos, um dos patrimônios históricos de Ribeirão Preto, teve a primeira parte da sua obra de restauração entregue durante o 168º aniversário do município. Contudo, a poucos metros do imóvel, o Palacete Albino de Camargo se encontra em ruínas.

O casarão que fica na rua Visconde de Inhaúma, 241, no Centro da cidade, foi  tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultura (Conppac), em 2008, e pertenceu ao ex-prefeito Albino de Camargo Neto, que ocupou o cargo de chefe do executivo em novembro de 1930.

Por conta do abandono, o Palacete foi tomado pela vegetação e possui uma grande quantidade de lixo e entulho. O prédio histórico vem sendo danificado pela ação do tempo e atos de vandalismo.

O que diz a Prefeitura sobre o local?

Questionada pela reportagem sobre o estado de abandono e possíveis estudos para revitalização do Palacete Albino de Camargo, a Secretaria da Cultura e Turismo de Ribeirão Preto informou que o prédio é particular e que incentiva os donos de imóveis tombados a restaurarem o local, assim como foi feito pelos proprietários do Palacete Camilo de Mattos.

A pasta se coloca aberta também para discutir a implantação de políticas públicas que resultem em ainda mais ações como essa [restauro de patrimônios públicos], mas, hoje não existe uma previsão orçamentária para realização de restauros nesse imóvel citado

diz a nota da Secretaria de Cultura e Turismo de Ribeirão Preto

No mesmo ano em que foi tombado, os donos do casarão fizeram um pedido para demolir a estrutura danificada e manter apenas a fachada. Um bar e um estacionamento poderiam ser construídos no local, contudo, a proposta não avançou.

Quem foi Albino Camargo Neto?

Nascido em 1893, em São Luiz do Paraitinga (SP), Albino Camargo Neto foi advogado, professor, jornalista, escritor, delegado de polícia e político. Mudou-se com a família para Ribeirão Preto quando tinha um ano.

Morou em Jundiaí, onde cursou o ginásio, e na sequência foi para São Paulo, onde ingressou na Faculdade de Direito. Nesse período, foi amigo de Monteiro Lobato. Se tornou advogado em 1906 e voltou para Ribeirão Preto no mesmo ano. Trabalhou como jornalista e foi diretor do jornal “Diário da Manhã” na cidade.

Em 1912, ingressou como professor no Colégio do Estado de Ribeirão Preto (atual E.E. Otoniel Mota), onde ministrou aulas de psicologia e lógica. Ainda na educação, foi o primeiro diretor da Escola de Educação Física do Comercial Futebol Clube e lecionou na Instituição Moura Lacerda e no Colégio Metodista.

Foi vereador do município no período de 1926 a 1929 e ocupou o cargo de chefe do executivo municipal como Prefeito Outorgado em novembro de 1930.

Foi combatente na Revolução Constitucionalista de 1932. Albino Camargo Neto também foi deputado estadual entre 1936 a 1937.

Se casou com Altina Duarte Camargo e teve uma filha, Maria José de Camargo Junqueira Reis (que se casou com Henrique Junqueira Reis). Faleceu em São Paulo, no dia 12 de dezembro de 1969.

Fonte: Conppac Ribeirão Preto

 

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