A região de Ribeirão Preto produz o equivalente a 14% do etanol de cana-de-açúcar fabricado no Brasil, de acordo com a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioernegia). São 3,5 bilhões de litros por safra. Em razão da importância da região, a Fórmula 1 pode ser importante para economia local.
Isso porque, a maior categoria do automobilismo mundial já utiliza 10% de etanol na mistura do combustível e, a partir de 2026, o montante pode aumentar para até 100%.
No começo de junho, a Fórmula 1 anunciou o regulamento dos carros para 2026, que prevê que todo o combustível utilizado seja sustentável.
“Há previsão que essa mistura possa aumentar, justamente para diminuir as emissões de CO2. É o etanol normal misturado à gasolina. É lógico que é a formulação da gasolina é diferenciada para a performance dos carros”, explica o presidente da Unica, Evandro Gussi.
Segundo o especialista, o uso do etanol diminui em até 90% a emissão de CO2, na comparação com a gasolina.
Etanol 2G
Em maio, foi inaugurada em Guariba, na região de Ribeirão Preto, uma nova planta de fabricação do etanol de segunda geração, considerada a maior do mundo. O etanol 2G é o mesmo utilizado nos carros de Fórmula 1.
A planta é gerenciada pela Raízen, que é controlada pela Shell, fornecedora de combustíveis da Ferrari.
“O etanol de 2ª geração é uma forma complementar importante da gente aproveitar a energia da cana-de-açúcar, e nós vemos que o etanol de segunda geração tem características importantes para gente produzir energia com baixa emissão de CO2”, explica Evandro.
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