Geração Z é a mais difícil de liderar, mostra pesquisa

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Enquanto os profissionais da geração Z são criticados por colegas e chefes por serem “rebeldes”, se recusarem a seguir as exigências corporativas e apresentarem problemas de comportamento, esses jovens argumentam que possuem perspectivas e habilidades únicas que podem ser vistas como mais saudáveis, criativas e produtivas.

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Eles pressionam por maior flexibilidade e equilíbrio entre vida profissional e pessoal do que as gerações anteriores tinham. Também trazem novas prioridades, como senso de propósito e olhar para a diversidade. Mas será que a Geração Z é a única que busca isso? Esses profissionais são realmente tão complicados quanto algumas pessoas afirmam?

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Profissionais da geração Z devem demonstrar iniciativa e podem se destacar pelas habilidades tecnológicas

A geração mais desafiadora no trabalho

Quase metade (45%) dos mais de 600 gerentes de contratação entrevistados apontam a Geração Z como a mais desafiadora para se trabalhar, segundo pesquisa da Resume Genius, plataforma de criação de currículos. Até 45% dos recrutadores da Geração Z compartilham desse sentimento.

  • Geração Z (45%)
  • Geração Y (26%)
  • Geração X (13%)
  • Boomers (9%)
  • Não tenho certeza (7%)

Os resultados, divulgados no Relatório de Profissionais da Geração Z de 2024, mostraram que, assim como os Boomers tinham preocupações com os Millennials, essa nova geração agora enfrenta críticas semelhantes. “A Geração Z pode ter uma má reputação, mas tem o poder de transformar os ambientes de trabalho para melhor”, afirma Geoffrey Scott, gerente sênior de contratação da Resume Genius. “Eles já causaram impacto, mas não vieram para quebrar tudo. Eles trazem uma combinação única de talento e ideias ousadas que podem renovar a força de trabalho.”

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6 estratégias para a geração Z ter sucesso profissional

O relatório oferece seis estratégias práticas para a Geração Z enfrentar as percepções negativas, descobrir oportunidades e ter sucesso em um escritório multigeracional.

1. Desenvolva seus músculos digitais

A McKinsey chama os profissionais da Geração Z de “verdadeiros nativos digitais”, com uma familiaridade natural com a internet, o que permite que aprendam e dominem rapidamente novas ferramentas. Seja com habilidades em mídias sociais, criação de conteúdo, codificação ou computação em nuvem, é recomendado que você se posicione como um ativo valioso para as empresas, destacando suas habilidades tecnológicas no currículo, na carta de apresentação e durante as entrevistas.

2. Construa e fortaleça sua marca pessoal

Cerca de 70% da Geração Z acredita na importância de construir uma marca pessoal e 61% está interessado em desenvolvê-la, segundo estudo da plataforma Morning Consult Pro. Vá traçando seus objetivos profissionais e fortaleça seu nome no mercado com publicações no LinkedIn e se envolvendo em eventos e grupos da sua área.

3. Adapte seu estilo de comunicação

Candidatos da Geração Z que adaptam sua abordagem de comunicação têm maiores chances de se conectar com entrevistadores de diferentes gerações. Embora um Baby Boomer possa preferir se encontrar pessoalmente, uma pessoa da Geração X pode preferir o email. Um millennial pode gostar de uma mistura de comunicação pessoal e digital, enquanto um colega da geração Z pode preferir mensagens instantâneas.

Para avaliar o estilo de comunicação de um potencial empregador, é importante ler o anúncio de emprego e quaisquer emails da equipe de recrutamento para determinar se o tom da empresa é formal, casual ou uma mistura. Verificar os perfis nas redes sociais ou site de uma empresa pode revelar se ela apresenta uma imagem corporativa mais séria ou mais descontraída, como uma startup.

4. Demonstre iniciativa e uma mentalidade de crescimento

Os empregadores valorizam profissionais proativos e que têm mentalidade de crescimento, de acordo com a Resume Genius. Para os trabalhadores da Geração Z, procurar ativamente novos projetos e demonstrar vontade de aprender e contribuir são estratégias fundamentais para crescer na empresa. Demonstre interesse em assumir mais responsabilidades. Ofereça ajuda aos colegas se eles pedirem ajuda. Participe de sessões de treinamento ou workshops, de reuniões de equipe e sessões de brainstorming.

“Para contrariar qualquer ideia errada de que falta independência à Geração Z, sempre proponha soluções e seja criativo”, aconselha Samuel Johns, gerente de recrutamento da CV Genius. “Faça pesquisas, use o Google ou outros recursos para garantir que você possa fundamentar o que está dizendo. Ao demonstrar sua capacidade de encontrar e implementar soluções, você mostra aos empregadores que é motivado e capaz de levar projetos adiante sem precisar de supervisão constante.”

5. Evite criticar publicamente ex-empregadores

Seja cauteloso com o que você posta nas redes sociais, mesmo que já esteja consolidado na sua área. Tendências como o #QuittTok, em que as pessoas compartilham histórias dramáticas e postam suas demissões no TikTok, podem ser divertidas, mas também podem prejudicar sua carreira. Revise e remova conteúdos online que possam ser problemáticos, ajuste as configurações de privacidade ou mantenha contas profissionais e pessoais separadas para proteger sua reputação.

6. Construa pontes – não muros – com colegas

Profissionais da Geração Z podem contribuir ativamente para promover a colaboração e a inovação na equipe. Também podem atuar como porta-voz de empresas voltadas para o público mais jovem e recomendar ferramentas (como IA generativa) para aumentar a eficiência. Você pode ajudar criando procedimentos operacionais padrão e fornecendo tutoriais para essas ferramentas ou sugerindo atividades para fortalecer a coesão da equipe.

Eva Chan, especialista em carreiras da Resume Genius, está otimista de que, com o tempo, essa geração vai superar o ceticismo dos seus colegas mais velhos e fará contribuições significativas para as organizações em que trabalham e para a economia como um todo. “Apesar de enfrentar críticas e ganhar manchetes pelos motivos errados nos últimos anos, a Geração Z traz valor para o mercado de trabalho”, afirma Chan.

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.





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