Há 30 anos, um vendável e temporal de granizo atingiu Ribeirão Preto e provocou mortes e deixou um rastro de destruição na cidade. A tempestade do dia 14 de maio de 1994, um sábado, foi capa do Jornal A Cidade na segunda-feira seguinte.
Os ventos, que atingiram 100 km/h e, de acordo com o relato na época, duraram apenas 15 minutos. “Mas foi o tempo suficiente para causar muita destruição em diversos bairros, além de três mortes, causando muita aflição e desespero nos habitantes”, relatou A Cidade.
De acordo com os meteorologistas, o vendaval foi causado por uma inversão térmica, quando houve o encontro de uma massa de ar quente, com uma massa de ar fria.
Houve destruição nas avenidas Presidente Vargas, Independência, Nove de Julho e do Café. Casas, lojas, oficinas e postos de gasolina foram destruídas. Diversos bairros ficaram sem energia elétrica, já que houve diversas quedas de árvores.
Na ocasião, a Prefeitura de Ribeirão Preto e a Defesa Civil instalaram um posto na Cava do Bosque para atender os desabrigados.
Cenário de guerra
A Cidade relata que no dia seguinte ao temporal, várias ruas de Ribeirão Preto se assemelhavam aos cenários de filme de guerra, com árvores e postes sobre carros e casas, telhas de alumínio pendurados em fios de alta tensão.
As vítimas foram uma idosa, na Vila Virgínia, e uma mulher e o filho, no Ipiranga. De acordo com o jornal da época, as três mortes foram causadas por desabamentos.
As vítimas foram Conceição Paiva, de 87 anos, e Luzia Censi da Silva, de 32 anos, e o filho Alex Jesus Silva, de 11 anos.
Bairros mais atingidos
Segundo A Cidade, todos os bairros de Ribeirão Preto foram atingidos, mas os estragos foram maiores no Ipiranga, na Vila Virgínia e na Vila Tibério. Por conta da força da tempestade, parte da plataforma da rodoviária desabou, assim como, a estrutura metálica do ginásio da Mogiana.
Na rua Joaquim Nabuco, um muro desabou sobre dois carros. No Alto do Ipiranga, a torre de duas rádios, com 120 metros de altura, também caiu.
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