Amor, maternidade e delicadeza em Solaris, novo álbum de Ana Luísa Ramos

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“Esse álbum fala de amor em suas diferentes formas. Seja o amor romântico, o amor de mãe, o amor por um lugar, por um momento… O amor que fica para sempre, e também o que perdemos”, divide Ana Luísa Ramos sobre Solaris (The Citadel House), seu terceiro disco solo que chega hoje (19) às plataformas digitais. Do latim, a palavra que dá nome ao trabalho significa sol. “Vejo o amor dessa forma, como algo que nos guia e é vital na vida, assim como o sol. E isso se reflete em todo o álbum”, continua a artista, que compôs as músicas do repertório logo após o nascimento de sua filha, em 2022, enquanto passava boa parte dos seus dias com ela no colo. Ouça aqui

De voz doce que traz em si ecos de suas experiências em corais, Ana Luísa Ramos expressa neste trabalho seus ideais de paz e alegria, com arranjos e ambiências que por vezes tornam-se meditativos. “Ao ouvir o álbum, quero que as pessoas se conectem com esses sentimentos”, afirma. A produção musical é assinada pela artista juntamente com o canadense Dean Stairs, que comenta a respeito: “Ana Luísa possui um instrumento tremendo em sua voz, além de criar composições de nível elevado. O processo de gravação entre o Brasil e os Estados Unidos, e com mixagem no Canadá, nos proporcionou a oportunidade de contar com músicos excepcionais”.  

Gravado em diferentes estúdios entre maio e setembro de 2023, o álbum conta com a participação de Eric Taylor Escudero, parceiro de longa data da artista, que mantém ao seu lado o duo Ana & Eric. Os arranjos são de Daniel Bondaczuk, produtor musical brasileiro radicado em Nashville que também trabalhou em canções do primeiro álbum da cantora. Clovis Badari, que já se apresentou com artistas como Agnaldo Rayol, Roberta Miranda e Emicida, é quem assina a percussão e a bateria. 

Capa por Thiago Dalleck com fotografia de Sarah Kierstead 

Capa

“O conceito do projeto visual de Solaris remete à singela delicadeza das composições de Ana Luísa Ramos, à potência de sua voz e ao brilho de suas performances”, conta Thiago Dalleck, que assina o design da capa que conta com foto produzida por Sarah Kierstead. Com uma paleta de cores terrosas, a imagem traz a essência orgânica que faz parte do trabalho de Ana Luísa Ramos. 

Faixa a faixa

Prologue abre o disco, o apresentando. “O fato desta música não ter letra reforça o seu caráter introdutório, sugerindo a estética predominante do álbum”, conta Ana Luísa.

A seguir vem I See Myself In You, uma meditação. “A letra se repete por toda a canção conforme camadas harmônicas e melódicas vão se sobrepondo ao arranjo. Essas sobreposições sugerem novos sentimentos e perspectivas sobre o tema da música.” 

Clareia é uma faixa em homenagem à Clara, filha da artista. “Essa canção fala sobre conhecer emoções pela primeira vez, e sobre a forma com que elas preenchem toda nossa vida, como uma avalanche de alegrias, inseguranças, e amor sem fim.” 

Clouds, o primeiro single a ser lançado, é um bossa nova de clima nostálgico cantada em inglês.  “Clouds fala sobre viver no presente e estar, de fato, presente. É sobre contemplar as pequenas grandes coisas da vida e querer se entregar por inteiro.”

Single do disco, Ser Saudade é um samba com metais tocados por Doug Felício e Otavio Nestares. “Apesar da letra falar da saudade que corrói e da tristeza que ficou, esses sentimentos só existem pois muito amor foi dado.” 

From This Love dá seguimento ao álbum com um retrato do amor não tão comum. “Essa música trata do amor correspondido e aparentemente completo, e que no entanto se multiplica e se torna algo maior que nós mesmos.”  

No Meu Lar a cantora e compositora faz uma ode ao lar e às preciosidades que o compõem “Muito mais do que uma simples casa, o lar é composto por e compõe a história de quem nele vive.”  

Na sequência, Little Fingers traz, com muita suavidade, a contemplação da beleza de uma nova vida e suas nuances, refletindo o amor da maternidade. 

Like a Dream, penúltima música do álbum, é uma bossa nova que fala sobre viver e se encantar por um amor maior que si mesmo.

Meditation é uma canção de encerramento que completa o ciclo iniciado em “Prologue”, e trata sobre o encontro consigo mesmo.

FICHA TÉCNICA

Letras e Voz: Ana Luísa Ramos 

Violão: Eric Taylor Escudero 

Baixo: Rubens De Donno 

Bateria e Percussão: Clovis Badari 

Piano: Daniel Bondaczuk 

Violoncelo: Deni Feijó 

Violinos: Aramis Rocha e Robson Rocha 

Viola: Daniel Pires 

Trombone: Doug Felício 

Trompete: Otavio Nestares 

Backing Vocals: Carina Assencio, Fabiana Portas e Regina Migliore 

Voz e violão gravados no estúdio LandFall Trust, em Brigus, no Canadá, por Dean Stairs Baixo, bateria, percussão e backing vocals gravados no Estúdio Guidon, em São Paulo, por Edielson Aureliano 

Cordas gravadas no Studio AR Strings, em Campinas, por Aramis Rocha 

Trompete e trombone gravados no Estúdio Phoenix, em São Paulo, por Ramón Cataldo Arranjos: Daniel Bondaczuk 

Produção Musical: Ana Luísa Ramos e Dean Stairs 

Mixagem e Masterização: Dean Stairs na The Citadel House 

Fotos: Sarah Kierstead 

Capa: Thiago Dalleck

SOBRE ANA LUÍSA RAMOS

Natural de Ribeirão Preto (SP), Ana Luísa Ramos começou a cantar ainda criança no Coral Infantil da Cia Minaz e fez seu debut com a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto aos 14 anos. No início da carreira, Ana participou de diversas óperas, musicais, concertos e cantatas. Em 2007, integrou o Coral Jovem do Estado de São Paulo e em 2009 ganhou o primeiro lugar no Concurso Jovens Talentos – categoria voz, do Festival Eleazar de Carvalho, em Fortaleza (CE). Nas últimas duas décadas, a cantora e compositora tem dividido a sua carreira entre os mundos lírico e popular, e se apresentou em países como Áustria e Dinamarca (2013), Argentina e Escócia (2017), Panamá e Uruguai (2018) e Portugal (2017 e 2019), além de shows no Brasil e Canadá. Licenciada em Educação Musical, estudou canto no Brasil, Canadá, Argentina e Áustria. Em sua trajetória, gravou mais de 15 álbuns e EPs para diferentes projetos. Como projeto solo, lançou o primeiro álbum em 2016, Um, já o segundo veio em 2021, Amanheceu é uma parceria com o selo canadense, The Citadel House, parceiro dos trabalhos da artista e também do duo Ana & Eric; projeto que ela mantém com Eric Taylor Escudero.

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