Nesta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu o reajuste da conta de luz na área de atuação da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Paulista), que atende cerca de 330.000 consumidores em Ribeirão Preto e mais 4,5 milhões de clientes espalhados por outras 233 cidades do estado de São Paulo.
Segunda-feira – A correção passa a valer a partir de segunda-feira, 8 de abril, com impacto na fatura de maio. Os percentuais são inferiores aos do ano passado. O aumento para o consumidor será, em média, de 1,46%, segundo a Aneel, 3,43 pontos percentuais (p.p.) abaixo dos 4,89% de 2023. A conta de luz dos consumidores residenciais vai subir 1,79%, inferior aos 4,28% do período anterior, diferença de 2,49 pontos..
Para clientes de baixa tensão, a correção será de 1,77%, inferior aos 4,60% do ano passado, 2,83 pontos percentuais a menos. Grandes consumidores terão aumento de 0,80%. A variação é de 4,64 pontos em relação ao reajuste de 5,44% de 2023.
Em 2023 – Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, não se trata de revisão, mas de reajuste tarifário. Quando há revisão tarifária, a reguladora promove consulta pública. No ano passado, o aumento para o consumidor foi, em média, de 4,89%, bem abaixo dos 10,02% propostos pela companhia. A conta de luz dos consumidores residenciais subiu 4,28%, inferior aos 9,51% defendidos pela empresa.
Para clientes de baixa tensão, a correção ficou em 4,60%, ante os 9,86% que estavam em análise pela Aneel. Grandes consumidores tiveram aumento de 5,44%, contra 10,32% solicitados pela CPFL Paulista. A agência analisou os subsídios apresentados pela empresa em janeiro e definiu o percentual de reajuste de acordo com a proposta de revisão tarifária periódica da companhia.
Em 2022 – Em 2022, em 8 de abril, a conta de energia elétrica da CPFL Paulista subiu, em média, 14,97% para quase 325.000 unidades de Ribeirão Preto e mais 4,4 milhões de clientes em 233 cidades do Estado de São Paulo. Para os consumidores residenciais, o aumento foi de 13,8%.
Para os clientes da alta tensão – indústrias, shopping centers e outros estabelecimentos de grande porte – o reajuste ficou em 16,42%. Para os consumidores de baixa tensão, como pequenos negócios, exceto os clientes residenciais, a alta chegou a 14,24%.
Bandeira tarifária – Na última quinta-feira, 28 de março, a Aneel anunciou que manterá a bandeira verde acionada em abril para todos os brasileiros. Com a decisão, a conta de luz continuará sem cobrança adicional pelo 24º mês seguido (dois anos), desde abril de 2022, após meses com a “bandeira escassez hídrica”, de R$ 14,20 por quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Foi criada por conta do grave período de seca que o país enfrentou em 2021.
De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, os consumidores pagaram um adicional de R$ 14,20 por 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, referente à bandeira escassez hídrica.
Aumento – Quando vigora a bandeira amarela, o acréscimo na conta é de R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Já a vermelha 1 custa R$ 6,500 a cada 100 kWh. O patamar mais caro da bandeira, a vermelha 2, vale passou de R$ 9,795 a cada 100 kWh. O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015. Quando vigora a bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz.