A pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP) comparou os mercados de venda e locação de casas e apartamentos em fevereiro com os resultados obtidos em janeiro deste ano. Foram consultadas nove imobiliárias que atuam em 14 cidades da região metropolitana.
A pesquisa envolve Ribeirão Preto, Altinópolis, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Jardinópolis, São Simão, Serrana, Sertãozinho e Tambaú. As vendas apresentaram alta de 6,50%, após queda de 20,56% em fevereiro e alta de 0,91% em dezembro e de 100% em novembro.
O volume de novos contratos de locação assinados no período recuou 26,19%, após alta de 5,0% em janeiro, queda de 87,34% em dezembro e crescimento de 295% em novembro. Quanto às vendas, as casas responderam por 87,5% dos negócios e os apartamentos ficaram com 12,5% do mercado. Segundo o CreciSP, 100% das locações envolveram moradias térreas ou sobrados, contra nenhum apê.
“Essa é apenas a primeira reação positiva nas vendas de usados. Estamos confiantes de que, ao longo do ano, o mercado imobiliário apresentará um bom crescimento, até pelo potencial que a região oferece”, analisa o presidente do CreciSP, José Augusto Viana Neto.
Vendas – A média de valores das casas vendidas no período ficou em até R$ 300 mil. A maioria era de dois dormitórios, com área útil de 50 a 100 metros quadrados. Os apartamentos foram negociados, em média. Por R$ 350 mil, com três dormitórios e área útil de até 200 m².
Segundo a pesquisa ddo CreciSP, 54,5% das propriedades vendidas em fevereiro estavam situadas na periferia, 18,2% nas regiões centrais e 27,3% nas áreas nobres. Com relação às modalidades de venda, 11,1% foram financiadas pela Caixa Econômica Federal, 27,8% por outros bancos, 27,8% diretamente pelos proprietários, 27,8% à vista e 5,6% por consórcios.
Locações – A faixa de preço de locação de preferência dos inquilinos de casas ficou em até R$ 3.000 para imóveis de três dormitórios com 200 até 400 m² de área útil. Não foi registrada locação de apartamentos no mês de fevereiro pelas imobiliárias consultadas. A principal garantia locatícia escolhida pelos locatários foi o depósito caução.
Os novos inquilinos optaram por imóveis situados na região nobre das cidades pesquisadas (100%) e nenhum na região Central ou em bairros da periferia. Dentre aqueles que encerraram os contratos de locação, todos optaram por imóveis com alugueis mais caros.
Os dados do passado todo não foram divulgados pelo CreciSP porque, em alguns meses, houve inconsistência. Em outubro, o segmento de vendas de casas e apartamentos cresceu 23,61% na região, ante crescimento de 34,09% em setembro. Porém, os contratos de locação caíram 22,22%, após retração de 20% no mês anterior. Em agosto, as vendas recuaram 48,47%.
No entanto, foi registrada estabilidade no volume de contratos de locação assinados no período (zero por cento). Em julho, houve alta de 20,97% na venda de imóveis e queda de 12,50% no volume de contratos de locação. Em junho, as vendas caíram 5,78% e as locações cresceram 124,98%. Em janeiro, as vendas recuaram -40,73% e as locações caíram -62,28%.
Em fevereiro, as quedas foram de -2,36% e -3,13%, respectivamente. O mercado começou a melhorar em março, com alta de 91,03% nas vendas de 21,67% nas locações. Porém, em abril houve nova retração, de -66,22% e -41,67%, respectivamente. Em maio as vendas explodiram, com crescimento de 495,83%, mas as locações recuaram -23,81%.
Em 2022 – Os mercados de locação e de venda de imóveis usados da região de Ribeirão Preto tiveram forte crescimento em dezembro e fecharam 2022 com saldos positivos acumulados de 713,61% e 595,09%, respectivamente, segundo os resultados consolidados das pesquisas feitas mensalmente pelo CreciSP. No último mês de 2022, as vendas cresceram 155,08% comparado a novembro e a locação de casas e apartamentos aumentou 210,42%.
Alfredo Risk
As vendas de casas e apartamentos usados apresentaram alta de 6,50%, após queda de 20,56% em fevereiro e alta de 0,91% em dezembro