A ministra da Saúde, Nísia Trindade, esteve em Ribeirão Preto, nesta segunda-feira (25), para participar do lançamento de um estudo clínico com a terapia que usa as células CAR-T para combate a linfoma não Hodgkin de células B e leucemia linfóide de células B.
Na ocasião, a ministra também conheceu o Nutera (Núcleo de Terapia Avançada), que fica no campus da Universidade de São Paulo (USP), local onde a cerimônia de lançamento aconteceu, e contou com a participação do secretário de Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, além do diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.
A expectativa é de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registre a nova terapia até 2025, para que seja disponibilizada aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Tratamento com células CART-T
O tratamento com células CAR-T foi desenvolvido em 2017 nos Estados Unidos e, desde 2019, no Brasil, pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo), em colaboração com o Instituto Butantan e apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
A técnica consiste na retirada de linfócitos do próprio paciente, que são manipulados em laboratório e reaplicados no organismo. O objetivo é preparar os linfócitos para identificar e eliminar células tumorais que não foram detidas por outros tratamentos como quimioterapia e transplante de medula.
O tratamento só é oferecido quando o câncer está em estágio avançado e não há mais opções de tratamento. Até o momento, 20 pacientes foram tratados.
Primeira etapa do estudo
Neste primeiro momento, quatro pacientes voluntários serão tratados no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e terão o sangue colhido, de onde os linfócitos T, um tipo de célula de defesa, serão isolados e modificados no Nutera-RP. Esse processo leva de 15 dias a um mês.
Depois de internados, os pacientes receberão então uma infusão das próprias células, agora reprogramadas para atacar as células tumorais. Serão 15 dias de internação para acompanhar os possíveis efeitos colaterais, resultado da inflamação provocada pelo tratamento.
Após a alta, o paciente seguirá sendo acompanhado em consultas semanais, até ter a primeira avaliação de eficácia do tratamento, após 30 dias da infusão. Os testes serão repetidos após 90 dias do início do tratamento. Todos os pacientes serão monitorados por cinco anos como parte do estudo.
*Com informações da EPTV
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