Pela quinta vez consecutiva, o valor dos alimentos subiu em Ribeirão Preto e apresentou inflação de 3,95% em fevereiro, na comparação com janeiro de 2024. O impacto do clima segue afetando o preço final da cesta básica da cidade.
De acordo com o levantamento da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), o custo médio da cesta em Ribeirão Preto foi de R$ 702,46. Novamente, o maior reajuste foi na região Central, onde o valor médio da cesta básica foi de R$ 771,58 – veja o ranking abaixo.
A pesquisa foi realizada no último dia 16. Ao todo, onze supermercados e hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as cinco regiões do município foram visitadas.
Impacto do clima
Segundo análise do Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB), o impacto do clima sobre os itens in natura da cesta básica segue afetando o preço final do kit básico de alimentos em Ribeirão Preto.
A banana nanica, por exemplo, prejudicou a conta final, disparando 10,27% este mês devido a um reajuste da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte) frente às chuvas de granizo e ventanias registrados nos dias 13 e 14 de fevereiro, que impactaram na produção da fruta.
O Comitê de Política Monetária (Copom) vem apontando as temperaturas mais altas e da mudança no ritmo pluviométrico como causas para o aumento do custo médio dos alimentos, em especial dos itens que têm origem no campo. O clima, de fato, tem impactado as colheitas e os valores finais que chegam ao consumidor
Livia Piola, analista do IEMB–Acirp
Por outro lado, o feijão carioca teve queda de 4,73% e o óleo de soja, de 7,11%, devido às safras recordes em 2023 e menor demanda externa pela China.
Índice por região
No comparativo das regiões, o Centro de Ribeirão apresentou o custo mensal mais caro (R$ 771,58), um crescimento de 8,34% em relação a janeiro. A inflação desta região foi impulsionada pela banana nanica (+40,07%) e pelo açúcar cristal (+23,35%).
Pelo segundo mês consecutivo, a cotação na região Norte foi novamente a mais barata, com uma cesta a R$ 643,67 (+0,87%). O leve aumento foi motivado pelos preços da farinha de trigo (+21,74%), tomate italiano (+17,24%) e leite longa vida (+9,00%).
Já na região Sul, a cesta teve custo médio de R$ 713,69, alta de 3,95% em relação a janeiro. As regiões Leste e Oeste também tiveram alta de preços, ficando em R$ 741,02 (+4,71%) e R$ 663,59 (+2,01%), respectivamente.
Veja o ranking:
A cesta inclui carne bovina (6 kg de alcatra), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).
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