Quando sair de um investimento ou trocar uma aplicação? Muito se fala sobre quando comprar e pouco sobre a hora certa de vender

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Por mais que você seja um investidor de longo prazo, não necessariamente você deve “se casar” com os seus investimentos. Mesmo os melhores ativos da sua carteira talvez não devam permanecer nela para sempre. Em algum momento pode ser indicado vendê-los ou resgatá-los.

Mas qual é a hora certa de fazer essa movimentação na carteira? No mercado financeiro e páginas de conteúdo sobre investimento abundam as recomendações de compra, mas as indicações de venda costumam ser bem mais escassas.

Eu mesma já escrevi sobre o tema aqui no Seu Dinheiro, para quem investe no Tesouro Direto, abordando que momentos podem, no geral, ser considerados propícios para comprar ou vender títulos públicos de diferentes tipos.

Esse questionamento sobre a hora ideal de se desfazer de um investimento foi a dúvida levantada por uma leitora para a Dinheirista. Ela enviou a pergunta pelo e-mail [email protected], o qual você também pode utilizar para mandar suas dúvidas sobre dinheiro e investimentos em geral.

Quando sair de um investimento ou trocar uma aplicação? Muito se fala sobre o momento certo de comprar um ativo, mas pouco se fala sobre a hora certa de vender.

Existem algumas situações que podem indicar ao investidor que é chegada a hora de vender ou resgatar um investimento.

No caso de ativos de bolsa, como as ações, o raciocínio é o oposto da compra, diz Ruy Hungria, analista da Empiricus.

“Se a hora certa de comprar uma ação é quando ela está barata, negociando a múltiplos baixos e que precifiquem um cenário desfavorável pela frente, a hora certa de vender é o oposto, quando a ação já está cara demais, especialmente em termos de múltiplos”, explica.

Ele usa como exemplo o popular múltiplo P/L, que relaciona o preço de uma ação com o lucro por ação projetado para a empresa. Quanto menor o indicador, mais barato está o ativo.

Imagine que você tenha comprado uma varejista que estava negociando por 8 vezes a relação preço/lucro em um momento de mercado desfavorável. Algum tempo depois, o mercado melhora, a ação sobe e passa a negociar por 15 vezes lucros, sendo que sua média histórica é de, digamos, 12 vezes lucros.

“Você pode não estar esperando algo ruim acontecer, mas nesses preços, há tanto otimismo embutido no preço que a relação de risco-retorno do ativo se torna desfavorável”, observa o analista.

Ou seja, não é que você veja nuvens cinzas no horizonte da empresa, mas também não vê nenhuma justificativa adiante que justifique aquele preço.

Quando isso acontece, é possível assumir que a ação ficou cara. Pode ser hora de vender toda ou ao menos parte da sua posição no ativo e partir para investimentos que apresentem uma melhor relação risco-retorno.

Outro cenário que pode indicar que chegou a hora de vender ou resgatar um ativo é quando encontramos outro ainda melhor do que o que já temos, com melhor relação risco-retorno.

Finalmente, uma terceira situação que pode motivar a venda ou resgate de um investimento é quando os fundamentos do ativo – aquilo que levou você a comprá-lo inicialmente – não mais se sustentam.

Em outras palavras, você comprou o ativo com a expectativa de que algo positivo iria acontecer, mas agora essa projeção mudou para pior – o que você esperava não vai mais ocorrer ou a expectativa é de que algo ruim aconteça.

Já quando estamos falando das classes de ativos que compõem a sua carteira, uma “regra de bolso” é sempre fazer o rebalanceamento periódico das posições.

Por exemplo, se a sua intenção é sempre manter 20% da sua carteira em ações e o restante em renda fixa, quando as ações da carteira se valorizarem a ponto de o seu patrimônio em renda variável ultrapassar a marca dos 20%, no próximo rebalanceamento você pode vender uma parte da sua posição em ações para realizar esses ganhos e recompor o percentual perdido em renda fixa.

Mesma lógica quando a parcela em renda fixa crescer para mais de 80% da carteira – seja por que a renda fixa se valorizou, seja porque as ações desvalorizaram. Você pode resgatar um pouco da renda fixa para comprar ações que tenham ficado atrativas.

Descobri traição e limpei a conta conjunta

No novo vídeo da Dinheirista, publicado nesta semana no canal de YouTube do Seu Dinheiro, respondemos ainda à pergunta de uma mulher que resolveu dar o troco no marido por uma traição:

Descobri que meu marido tinha outra família com uma mulher bem mais nova. Não falei nada, apenas gastei gradualmente o dinheiro que tínhamos em nossa conta conjunta, comigo e com nossos filhos. Dos R$ 200 mil que tínhamos só sobraram R$ 500. Só aí pedi o divórcio. Ele pode fazer algo contra mim por causa desse dinheiro? Aleguei que gastamos juntos, em família.

A resposta na íntegra você confere no vídeo a seguir:

A Dinheirista, pronta para resolver suas aflições financeiras (ou te deixar mais desesperado). Envie a sua dúvida para [email protected].



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