Após a “provocação” de um acionista, a 3R Petroleum (RRRP3) decidiu avançar em uma possível proposta de combinação dos negócios com a PetroRecôncavo (RECV3).
A empresa anunciou nesta quinta-feira (1) a contratação do Itaú BBA como assessor financeiro na avaliação da potencial transação.
O banco também vai apoiar a companhia na estratégia, no cronograma e na análise da melhor estrutura societária da operação, ainda de acordo com a 3R.
A proposta de fusão dos ativos das petroleiras “juniors” mexeu com as ações na B3. Desde então os papéis da PetroRecôncavo (RECV3) acumulam 11,95% na bolsa. A 3R Petroleum (RRRP3) também subiu forte no dia da revelação, mas perdeu força nas sessões seguintes.
Aliás, o negócio entre as petroleiras foi um dos temas da última edição do podcast Touros e Ursos. Assista a seguir:
3R Petroleum (RRRP3) e PetroRecôncavo (RECV3): o que diz a proposta
Uma possível combinação de negócios entre a 3R Petroleum (RRRP3) e PetroRecôncavo (RECV3) é uma das bolas mais cantadas do mercado. Afinal, as duas petroleiras privadas ganhariam escala juntas e ainda possuem ativos próximos geograficamente, o que reduziria custos operacionais.
Faltava apenas um “empurrão” para as conversas irem adiante, e foi o que aconteceu quando a Maha Energy enviou à administração da 3R uma proposta de fusão.
Em linhas gerais, a proposta da Maha prevê a incorporação dos campos onshore (em terra) da 3R Petroleum pela PetroRecôncavo. Cada uma ficaria com 50% do capital da companhia combinada, cuja gestão ficaria a cargo dos atuais executivos da Recôncavo.
O portfólio da nova empresa teria uma capacidade de produção de cerca de 80 mil boed (barris de óleo equivalente), com potencial para gerar aproximadamente US$ 2,1 bilhões em receitas em 2024, além de US$ 1,1 bilhão em pré-sinergias, de acordo com a Maha.
Enquanto isso, a 3R também permaneceria como uma empresa com ações na B3, mas apenas os ativos no mar (off shore) e sob o comando da atual equipe.